Depois do último PdH Sessions, acabei sendo acometido por um certo receio martelando minha mente. Fiquei muito feliz ao ver o resultado final, a excelente recepção das pessoas, ao acompanhar os videos ganhando vida própria e circulando por aí. Isso foi demais. O que me deixava preocupado era o medo de não conseguir repetir esse resultado tão bom.

Agora, posso dizer com um certo orgulho que isso passou. Essa súbita confiança veio do fato de que, para essa edição do PdH Sessions, trouxemos o Pitanga em Pé de Amora.

A tarde de gravação no Puxadinho da Praça foi extremamente deliciosa, marcada por conversas, trocas culturais malucas e muitas risadas.

Foi impressionante observar como eles têm realmente muito conhecimento sobre a música brasileira, tanto do que é considerado parte da identidade coletiva quanto de manifestações regionais bem específicas. Sabendo um pouco sobre o repertório cultural deles, não é de se espantar que o som da banda tenha uma assinatura tão marcante.

Ouvindo o que eles nos mostraram, a impressão que eu tive é de que aquelas músicas sempre estiveram por aí, no espaço coletivo, presentes em alguma forma etérea, esperando que alguém as captasse. Uma mistura de clássico e moderno, que traz a suavidade e riqueza dos arranjos de um Toquinho ou Baden Powell, com o peso e vigor de um maracatu e vários outros traços bem sutis e preciosos. É difícil ver um grupo com uma formação enxuta como essa conseguir extrair tanta riqueza de timbres e ritmos, criando uma música feita com sons que estão por aí, em todo lugar.

Eles conseguiram segurar e amarrar essas ideias de maneira brilhante, com o tempero de uma conexão profunda entre eles, que é fácil de notar pela forma com que eles trocam olhares e sorrisos durante as execuções.

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Para aumentar a sensação de estarmos diante de algo precioso, eles nos deram o privilégio de ouvir três músicas ainda inéditas, que serão lançadas no novo álbum, que sai em breve.

Depois, saímos para tomar uma caipirinha com eles e continuar a trocar ideias sobre um milhão de coisas. Pessoas incríveis. Foda.

Neste Sessions, tanto quanto no outro, pudemos contar com muitas pessoas que simplesmente estavam querendo ver e participar de alguma coisa que não era só a produção de uma série de vídeos.

Claro, tivemos o olhar da Luiza Castro, peça-chave na produção toda. Novamente, pudemos contar com a força do bróder do Hostel Santa Maloca, Felipe Larozza, que nos presenteou com as suas fotografias e um teaser, com as cenas que ele captou enquanto nós estávamos gravando. Tivemos também a boa sorte de sermos acolhidos pelo Fernando Tubarão no Puxadinho da Praça, um puta espaço cultural na Vila Madalena. E, desta vez, o Guilherme Valadares também compareceu, para assistir a bagunça toda. Agradeço a todos.

Então, agora é a hora de conferir o resultado de tudo isso.

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Luciano Ribeiro

Cantor, guitarrista, compositor e editor do PapodeHomem nas horas vagas. Você pode assistir no <a>Youtube</a>