Tudo começou lá nos anos 50 quando um bando de tiozinhos da pá virada resolveu misturar jazz, country e blues porque só esses três ainda não eram o suficiente para apagar todo fogo hormonal causado pela repressão da sociedade da época.
Acabaram por criar algo que tomou conta do mundo como uma epidemia criando estilos, tendências, ideologias e, antes de mais nada, distribuindo sorrisos a todos que se deixavam contaminar por aquele ritmo que contagiava corpos e almas.
Associado ao demônio por uma sociedade conservadora que não se permitia um pouco de diversão e sacanagem vivendo sempre dentro dos padrões cristãos de moral e cívica, o rock tem uma inquestionável ligação com o sexo, afinal durante anos era coisa daquela juventude dita transviada com os nervos à flor da pele e sedenta para detonar com todo e qualquer tipo de padrão e, assim, essa maninfestação artística vinha bem a calhar como estandarte do sentimento de querer fazer diferente, fazer o novo, ser livre pra fazer o que quiser.
O rock veio pra revolucionar e como toda causa teve seus mártires. Poderia citar inúmeros nomes de guerreiros que, encorporando as fileiras do rock, tiveram suas vidas sacrificadas pelo trinômio sexo, drogas e rock n roll, mas ainda mais importante que os agentes desta é a própria revolução. Ele veio pra nos fazer dançar, gritar, amar e por que não descabelar-se?
Como um exoesqueleto, o rock permite que espantemos todos nossos demônios interiores sem maiores preocupações com as conseqüências disso e assim sermos mais felizes. Intimamente ligado à adrenalina, ele sempre esteve associado a estados de excitação, pois é impossível ouvir um bom rock n’ roll sem ficar batendo o pé no chão, ainda que discretamente. Não há quem fique indiferente ao ouvir a batida do dois por dois.
Tal qual um vírus foi sofrendo mutações ao longo do tempo. Inúmeras vertentes surgiram depois que guitarra, baixo e bateria se consolidaram como as chaves do portal do espírito humano. A imagem do cabeludo roqueiro surge com força nos anos 60, época onde o rock definitivamente se popularizou associado a movimentos anti-guerra e ao consumo de drogas, o que não contribuiu muito pra melhorar a imagem com o pessoal mais conservador. E quem tá preocupado com isso? Queremos mais é ver o circo pegar fogo.
Hoje ele já é bem aceito nas altas rodas da sociedade, visto que ao longo do tempo tornou-se um produto de mídia rentável como poucos e que tornou o que antes eram cabeludos marginais nos genros que toda mãe queria ter, ou quase toda.
Impressionante a capacidade que o rock tem de agradar a todos: gregos, troianos, americanos, ingleses, brancos, negros, amarelos, homens, mulheres, velhos e crianças, e a verdade incontestável é que ele veio pra ficar e jamais morrerá. Alguns afirmam já ter morrido, porém tomo a liberdade de afirmar que ele apenas respeita o momento cultural de cada sociedade.
No Brasil, quando da ditadura, tínhamos música de altíssima qualidade comprometida em subverter a ordem repressora dos militares, e esse conflito provocou efervescência cultural como nunca vista antes no país.
Hoje, com seu espaço devidamente conquistado e inabalável, é a fonte a da eterna jovialidade. Quem ouve rock todo dia vive mais alegre, mais jovem. 13 de Julho é dia mundial do rock e nada mais justo que comemorarmos este estilo e a memória de todos que por ele viveram e deram suas vidas. Afaste os móveis da sala, chame os amigos e aumente o volume pois domingo é dia de rock n’ roll!
Se você já sabe como vai comemorar este dia, acesse www.comemoreorock.com.br e conte como será sua festa. Sua história pode ser contada como um marco da história do rock!
Em tempo, hoje à meia-noite, eu vou estar na esquina da Augusta com Fernando de Albuquerque, em SP. E dizem que o Lobão vai aparecer por lá também…
PdH apóia o Dia do Rock. A Converse deu um tênis pra gente, que vai ser devidamente surrado hoje.
Puxe uma cadeira e comente, a casa é sua. Cultivamos diálogos não-violentos, significativos e bem humorados há mais de dez anos. Para saber como fazemos, leianossa política de comentários.