Esta é a sexta tira que eu faço adaptando trechos do livro Mente zen, mente de principiante, de Shunryu Suzuki. Este trecho me marcou desde a primeira leitura:
“Ao escutar essa história, quase todos queremos ser o melhor cavalo. Se for impossível, queremos pelo menos ser o segundo.”
Ao terminar de ler, mesmo querendo me encaixar no perfil do melhor cavalo, me vi como o pior em muitas situações e como o melhor em outras. É reconfortante saber que os piores podem ser também os melhores, bastando apenas mudar a forma como encaramos as dificuldades. Ele diz:
“É nas próprias imperfeições que você encontra as bases para sua mente resoluta que busca o caminho.”
Suzuki também aplica essa ideia nas artes:
“Se você estudar caligrafia, poderá verificar que aqueles que não são muito talentosos, por via de regra, acabam sendo os melhores calígrafos. Os que são muito hábeis com as mãos geralmente deparam com grandes dificuldades depois de terem atingido certo estágio. Isto é verdade para as artes e para o Zen.”
Vejo isso diariamente nas aulas de desenho que dou. Em geral os alunos menos habilidosos se esforçam mais e acabam tendo resultados surpreendentes.
Oficina “Desbloqueio do Desenho” em São Paulo
Deixo um convite: dia 14 de março, sábado, vou oferecer, junto com Eliza Mania, a oficina “Desbloqueio do Desenho“, no espaço Laboriosa 89, na Vila Madalena.
Ao contrário do que a gente poderia pensar, a habilidade do desenho tem pouco a ver com a falta de coordenação motora e talento. Nesta oficina vamos ver como os nossos condicionamentos interferem na nossa visão, como isso produz bloqueios e veremos formas práticas de lidar com eles. O objetivo é ampliar a nossa capacidade de observação abrindo o caminho para a prática do desenho. Espero vocês!
Mais informações sobre a oficina e inscrições →
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