Dirigido e produzido pela jornalista independente Thais Lazzeri, o documentário O Amanhã é Hoje – O Drama dos Brasileiros Impactados pelas mudanças climáticas (2018) apresenta histórias reais espalhadas por todo o Brasil, mostrando, de diferentes formas, como os danos ambientais já estão atingindo a vida da população.
Quando entramos em 2019, o documentário Data Limite – Segundo Chico Xavier (2014) voltou a entrar em pauta. Segundo essa linha de conhecimento espírita, a comunidade teria até 20 de julho de 2019 para reverter os danos causados ao planeta e, caso passasse da data limite, os impactos seriam irreversíveis.
Para além das crenças religiosas, nesta segunda-feira (29), atingimos um nível de consumo do planeta terra maior do que é possível regenerar, segundo a fundação Global Footprint Network. Atualmente, para manter nosso consumo de recursos extraídos da natureza, precisaríamos de 1,75 planetas terras, ou seja, praticamente dois planetas.
O Amanhã é Hoje, mostra como estudos ambientais não são apenas previsões “catastróficas”, uma vez que as consequências já estão afetando diversas regiões do Brasil há algumas décadas. O filme inteiro tem 23 minutos e está disponível no YouTube.
As filmagens do documentário passam por Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Amazonas e Maranhão, mostrando as diversas faces dos impactos ambientais: secas mais intensas do que nunca, enxurradas e deslizamentos, a elevação dos níveis e das temperaturas dos oceanos, assoreamento dos rios, queimadas em regiões florestais, entre outros.
Diante dos debates que giram em torno do aquecimento global e de outras questões ambientais, o secretário executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, faz uma colocação importante. Ele afirma que não há mais espaço para debater se há ou não impactos: “Continuar debatendo se isso existe, ou não, é imoral”. Carlos assim como os mais diversos cientistas de hoje em dia, demarcam que não há dúvidas científicas sobre isso e que as evidências e consequências já são concretas.
O documentário contou com o apoio de sete organizações da sociedade civil que se uniram para viabilizar o filme. São elas: Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Artigo 19, Conectas Direitos Humanos, Engajamundo, Greenpeace, Instituto Alana e Instituto Socioambiental.
A diretora e produtora do documentário, Thais Lazzeri, também é autora do livro Quinhentos Gramas de Vida a Luta dos Bebês Prematuros pela Sobrevivência (2014) e de diversas reportagens investigativas publicadas por veículos como Repórter Brasil e The Intercept Brasil.
Em maior ou menor medida, com um pouco de atenção acabamos percebendo as mudanças climáticas e ambientais, ainda que nos seus detalhes, tem impactado a vida cotidiana de bilhões de pessoas.
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