Não é melodrama não.
Não sei se todos os leitores vão pensar da mesma forma, mas eu há muito me esqueci da importância dos meus pais na minha sobrevivência nesse mundão de meu deus. Não a parte de me ajudar quando eu estava começando a trabalhar, nem na época que eles pagavam o meu colégio, antes ainda de eles me levarem no shopping sábado a tarde e estarem lá pra me buscar no começo a noite.
Faz, provavelmente, mais de uma década que eu não penso no quão fundamental foi a presença dos meus pais quando eu era garoto, meninote, fedelho, em tempos que eu não fazia mais que, sim, sobreviver. Acordava, ganhava ajuda deles e dormia.
Era isso, não era? Me alimentar, ir e vir, tomar banho e trocar de roupa. Se não fossem os meus pais, o que seria?
É engraçado porque é tão básico, tão elementar que acaba não fazendo parte dos nossos agradecimentos.
Uma coisa levou a outra. Eu vi essa série de ilustras feita pelo artista residente em Paris, Andry Rajoelina, chamada Justice Families (em tradução livre, “famílias da justiça”), em que ele desenha grandes heróis dos quadrinhos (basicamente os clássicos da Marvel e DC) sendo pais ou, ainda bem novos, tendo ao lado uma figura muito importante para o que eles ainda haveriam de ser.
Poderia ser só mais uma shot apresentando tudo isso, mas acabou que eu transformei essa publicação em um pequeno agradecimento.
Pai, mãe, obrigado por me ajudarem, lá no comecinho, a sobreviver.
Não deve ter sido fácil.
Extra:
Não é bem um herói, mas muita gente vai vibrar com o Heisenberg.
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