Escrevo esse artigo ao som de músicas que ouvi pela primeira vez antes de completar o primário. Músicas que sempre me contagiaram e que mesmo quando eu não tinha noção nenhuma do verbo “to be”, cantarolava por aí. Letras sexuais? Não, considero apenas sensuais.

A maioria delas é dos anos 80 e 90, época onde o sexy era muito mais excitante, em vez de jogar tudo na cara, sem sutileza alguma, os videoclipes mostravam corpos nus de gente bonita em preto e branco, com poses muito mais sensuais do que a apelação para roupas curtas.

Quer saber quais músicas e clipes me deixam no ponto?

Fine Young Cannibals, “She Drives Me Crazy”

“She drives me crazy
Like no one else
She drives me crazy
And I can’t help myself
I won’t make it,
On my own
No one likes,
To be alone”

Não consigo ouvir essa música sem dançar. E quando não dá pra dançar com o corpo, uso a mente e fecho os olhos, rindo à toa.

Fico imaginando quem eu quero deixar louco e como irei fazê-lo. Penso no meu objeto de desejo, nas reações dele e tenho certeza que irei atingir meu objetivo. Gosto de fazer isso, testar o desejo dos homens até o limite. Se rola ou não, sou eu quem decido.

Manipuladora? Não. Treinada para escolher entre os homens que me escolhem.

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Whitesnake, “Here I Go Again”

Essa música faz a minha pagação de pau pelo David Coverdale atingir Plutão. Mesmo sessentão, se esse homem aparecer na minha frente e dizer “Hi”, me jogo na cama dele. Essa voz, ah, essa voz. Fico imaginando ela no meu ouvido, cantando trechos de “Is this love?”. Só isso já bastaria para mim. Essa cara feia de homem que vira macho-alfa na hora do sexo.

Sem contar a certeza de que ele é um dos poucos homens que não apenas gostam de mulher gostosa, mas ficam com elas: traçou a ruiva do vídeo, Tawny Kitaen, e casou com ela. O clima foi tão envolvente entre os dois neste vídeo que, diz a lenda, a Tawny deixou escapar um dos peitos em uma cena e nem se importou.

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Queens of the Stone Age, “Make it Wit Chu”

Sou fascinada por roqueiros, por loiros de olhos escuros, homens tatuados e com nariz feio. Mas nenhum tipo me deixa com mais tesão do que os ruivos. Se forem altos e roqueiros, então, viro o pescoço e literalmente corro atrás deles. Atualmente tenho um em vista, na vida real, que não sai da minha cabeça. Fantasio que o Josh Homme canta “I wanna make it wit chu, anytime, anywhere”, para mim e eu respondo “be my guest, Josh, use me as you wish”.

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Quero e quero muito, Josh.

Pet Shop Boys, “Being Boring”

Ritmo sensual e letra positiva. Relembro todos os bons momentos que vivi, pessoas que conheci e aventuras que tive. Lembro do meu primeiro amor e sorrio. Lembro do quanto esse meu primeiro amor me zoava e dou risada. Sinto vontade de dançar de lingerie pela casa e mergulhar sem roupa em uma piscina durante a noite.

“Being boring” e seus lindos meninos em preto e branco, e gente que é sexy só por respirar. Bruce Webber ensinando que o corpo masculino é bonito e pode ser muito bem explorado. Cenas que deixavam meninas como eu ansiosas para crescer e viver aqueles momentos, enlouquecer em festas sensacionais e rolar no chão com o homem desejado, sem medo e sem culpa.

Vídeo característico do começo dos anos 90, quando preto e branco, corpos seminus e cabelos molhados provocavam orgasmos mentais nas pessoas.

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Como são deliciosos os garotos de Bruce Weber.

George Michael, “Freedom! ’90” e “Father Figure”

Se hoje a minha noção de estética feminina é extremamente exigente, a culpa é de “Freedom! ’90”. Foda falar quem é a mulher mais gostosa desse vídeo. Desejo ter o corpo da Naomi Campbell, o rosto da Linda Evangelista, a elegância da Christy Turlington, os olhos de Tatjana Patitz e a sensualidade natural de Cindy Crawford. E como esquecer do belo John Pearson vestindo jeans e jaqueta como poucos são capazes e do Mario Sorrenti andando de cuecas?

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Já “Father Figure” mostra porque George Michael é desejado por homens e mulheres. Fico com vontade de sentir a pegada desse homem.

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Gay? Sim, é, mas não seria o primeiro na minha vida. Para mim, se for sexy e tiver um pênis basta. Se eu quiser o cara, consigo. E quando desanimo, ouço essas música no último volume e recarrego o meu desejo.

Um FuckMusic feminino nos comentários

O PdH tem o FuckMusic.fm, com as músicas escolhidas pelos ogros aqui do site, e eu agora acabei de oferecer algo parecido com o meu FuckMusic pessoal. Convido as moças a fazerem o mesmo aqui em baixo, nos comentários. Postem ao menos uma música que deixe vocês louquinhas de tesão. Vamos transformar isso aqui na playlist-preliminar perfeita?

Leitora Anônima

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