Com relação à Megan Fox, temos três tipos de mundos possíveis: (1) Um mundo com Megan Fox bem longe da gente, (2) Um mundo com Megan Fox por perto e (3) Um mundo sem Megan Fox.

O primeiro mundo é justamente o que engloba nossa realidade atual. Um cotidiano com a Megan Fox distante, fazendo (muito) dinheiro em seus blockbusters e suas capas de revistas, curtindo as melhores festas de Hollywood e gozando toda uma vida boa e farta.

A segunda situação é a que eu poderia chamar de sonho. Incrivelmente desejada, praticamente improvável, mas não invariavelmente impossível. Essa conjuntura desperta automaticamente a libido contida em cada leitor saco-roxo desse nosso Papo de Homem e não deveria estimular nenhuma negatividade por parte do nosso querido público feminino.

Trata-se apenas do fato verdadeiro de que a atriz é a nova mania do mundo pop, é dotada de uma beleza que quase chega a (quase) enjoar e é detentora de um sex appeal fora do comum. Megan Fox tem uma carinha sapeca que não nega.

Um mundo sem Megan Fox!? Por que o boicote?

A engrenagem que move o mercado das celebridades é tão eficiente que, se não for a menina Fox, outra garota qualquer com cara de danadinha e decote bem mostrado estampará a capa dos tablóides e sites no mundo todo. E nossa vida continuará miserável.

O boicote de um dia a esta figura (organizado por vários sites masculinos, entre eles AskMen e Asylum) também se mostra uma ação desnecessária partindo da premissa básica de que “corre atrás quem quer”. Se você não quer saber nada sobre a Megan Fox, por que começou a ler este ou qualquer outro texto, ora bolas!?

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Se você quer conversar sobre Artaud ou Beckett, fique com os livros.

Megan Fox… atriz?

Megan Fox ainda está longe de ser uma atriz. A mocinha era figurante em meia-dúzia de séries e em algum filme da ex-delicinha Lindsay Lohan. Apareceu no cinema com o filme Transformers, provavelmente somando nem meia hora de encenação. Porém, apenas esses 30 minutos, sua carreira foi catapultada.

Recebeu dois títulos de “mulher mais sexy do mundo” pela revista gringa FHM, ganhou bem mais tempo de película em Transformers 2 com sua carinha peralta e seu corpinho esbelto,  e a grande avacalhação (para o bem ou para o mal) veio com o filme Jennifer’s Body, que parece ter sido feito exclusivamente pra esbanjar por duas horas a sexualidade teen de Megan Fox.

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Como atriz, realmente fica difícil de conseguir algum elogio sincero, mas como celebridade a poderosinha já está com a bola toda.

Trailer de Jennifer’s Body (link YouTube)

E lembrando apenas que Megan Fox é constantemente comparada com a esposa do “putão” Brad Pitt, Angelina Jolie. A própria Jolie começou a carreira com filmes de qualidade bem duvidosa – como a aventura Hackers (1995 – com seu primeiro marido, Jonny Lee Miller, o Sick Boy do filme Trainspotting) e o policial Brincando com a Morte (1997 – ao lado do Agente Mulder David Duchovny) – e acabou, mais tarde, ganhando um Oscar de melhor atriz coadjuvante por Garota Interrompida (1999), além de ter sido indicada ao mesmo prêmio no ano passado pela excelente atuação em A Troca (do diretor Clint Eastwood). Hoje, apesar de boas derrapadas com alguns outros filmes, é respeitada como atriz e ativista humanitária.

Eu realmente não saberia apostar se a pequena Fox dará ou não um upgrade na parte de atuação, já que inúmeras outras apareceram e sumiram com a mesma velocidade. Mas que ela pode (e provavelmente vai) abusar ainda mais do corpo e da cara de menina má que ela tem pra fazer mais uns bons trocados, ah… isso ela pode.

Afinal, Megan Fox é a namorada que você adoraria ver sua mãe odiar e é uma atriz que (até o fechamento deste post) não faz peso algum pro mundo do cinema, mas parece fazer um bom peso nos lucros dos estúdios. Se você escolheu o primeiro mundo, meus parabéns, já está no rumo certo. Se a intenção é fazer do segundo mundo, um mundo real, comece a correr que você já está atrasado.

Agora, um mundo sem Megan Fox seria, no mínimo, um mundo um pouquinho menos relativo, menos discutível, menos safado e atraente.

Jader Pires

É escritor e colunista do Papo de Homem. Escreve, a cada quinze dias, a coluna <a>Do Amor</a>. Tem dois livros publicados