Não confio em elogios e suspiros. Todo mundo viu aquele falso orgasmo da Meg Ryan.
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Elogiar é fácil. O único modo de ter certeza que alguém gostou mesmo de algo é quando a pessoa volta seca por mais. A mulher que diz que adorou mas não quer o repeteco é porque não adorou coisa nenhuma.
Como diz a Lei de Elma Chips, é impossível comer uma vez só.
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Uma amiga discordou veementemente. Ela sustenta que a diferença entre um homem e uma mulher é que uma mulher pode muito bem ter adorado tudo, ter sido a transa do século e, mesmo assim, por uma série de motivos, não querer mais.
De certo modo, minha amiga tem razão.
Para muitas mulheres, o auto-sacrifício é mais prazeroso do que praticamente qualquer coisa. Quanto mais gostoso foi o prazer, mais gostoso ainda será o orgulho soberbo de ter abdicado dele em nome de alguma dessas abstrações que ensinam na Capricho: castidade, fidelidade, família, etc.
Enfim, de um jeito ou de outro, as pessoas sempre escolhem a opção que lhes dá mais prazer. Nem que o seu prazer seja abdicar do seu prazer.
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