Olá, pessoal!
Cá estamos, mais uma quarta-feira, mais uma coluna Ignição, pra gente dar um gás na vida.
Semana passada, introduzi uma prática que adoto na minha própria vida, o calendário de hábitos. Depois do artigo inaugural, esse foi o Ignição com mais views até agora.
Podemos considerar um sucesso, creio eu. Foi bonito demais ver as pessoas se animando e se organizando, conseguindo parceiros de prática na própria caixa de comentários.
Então, se você veio de lá e iniciou o seu calendário de hábitos, pode dar uma passada no artigo e contar como tem sido até agora, pra ajudar quem está praticando e também pra dar um incentivo pra quem decidir começar.
Lembrando que essa parte de compartilhar as experiências, conseguir parceiros e ver que não está sozinho é essencial, como bem diz o Alvaro Cesar aqui embaixo.
Agora, como toda quarta-feira fazemos, vamos à prática da semana.
Incorpore uma atividade física à sua rotina
Acho que não preciso chover no molhado aqui. Assim como eu, você sabe que precisa fazer exercícios, tem completa noção dos benefícios que eles trazem e dos malefícios de levar uma vida sedentária. Não é uma questão de saber. Porém, ainda assim, encaixar na rotina um tempo pra praticar uma atividade física nem sempre é algo fácil.Sabemos como é a nossa rotina de jovens (ou nem tão jovens assim) adultos. Muito trabalho, universidade, cursos, relacionamento, família, filhos… a lista de compromissos é interminável e, por vezes, não sobra tempo algum.
Fora outras razões, que podem ser de ordem financeira ou mesmo de completa exaustão, frente às mil demandas. Ao final de um dia, a última coisa que queremos é sair pra encarar um monte de pesos ou aquele clima de UHULVAMOLÁ das pessoas na academia que só nos faz sentir ainda piores.
Ainda assim, praticar exercícios é importante. Todas as nossas razões pra não fazer atividade física não muda o fato de que não praticá-los tem consequências.
Então, ficamos com essa sinuca de bico: não temos tempo, grana ou vontade, mas precisamos encaixar a atividade física na rotina. O que fazemos, então?
Atacando os problemas, pt.1: a falta de tempo
Para aqueles cujo problema é, realmente, o tempo, pode parecer que não há solução alguma. Mas, sabe como é, a gente sempre pode dar um jeitinho. 😉
Uma noção um tanto problemática é a de que atividade física só serve se for blocada em uma ou duas horas do seu dia e for um esforço imenso, capaz de esbaforir o maior dos atletas. Não precisa ser bem assim.
Claro que é melhor se você puder se dedicar de maneira focada, pensada, com exercícios feitos para atingir determinados objetivos. Porém, se o ponto é não ficar sedentário, apenas mudar o estilo de vida pode ajudar bastante.
E o que eu quero dizer com isso? Se exercitar enquanto faz coisas.
O Alberto Brandão, nosso querido autor nerd-marombeiro, já escreveu um artigo nos falando sobre suas experiências a respeito. Mas, para quem não quer abrir outra aba, vou falar um pouco sobre isso aqui.
Coisas simples feitas durante a rotina já ajudam muito, como andar o caminho até o trabalho (ou uma parte dele), pegar escadas ao invés do elevador, trabalhar de pé (afinal, ficar o dia inteiro sentado é algo que causa enormes danos) ou sair pra passear com o cachorro.
Durante um certo tempo, eu também estava com uma bela falta de tempo, com múltiplos projetos na mesa e, por isso, resolvi que iria de bicicleta para o trabalho. Não só comecei a pedalar cerca de dez quilômetros nas impiedosas colinas de Perdizes (quem mora aqui, sabe), como também passei a economizar uma graninha todos os meses. Fora que é bem divertido entrar no joguinho de fazer melhores tempos e treinar diferentes estratégias mentais pra vencer as subidas.
Atacando os problemas, pt. 2: a falta de grana
Numa cultura de consumo como a nossa, não é raro acharmos que para iniciar uma atividade física precisamos, necessariamente, nos matricularmos em uma academia ou fazer algum tipo de aula que vai ter altas mensalidades e exigir a compra de um monte de equipamento.
Não precisa ser assim. Você pode iniciar as atividades separando um tempinho e praticar os exercícios em qualquer lugar, utilizando o peso do próprio corpo. Temos um artigo excelente do Alberto Brandão que nos ensina uma série de exercícios que você pode adaptar às suas condições.
Além disso, há alternativas bem baratas, para quem prefere utilizar-se do apoio e do incentivo de um aplicativo no celular. O Freeletics é muito bom nisso e já temos pelo menos um relato positivo aqui mesmo no PdH.
Além disso, as atividades mais legais são gratuitas, como, por exemplo, caminhar, botar um tênis e sair pra correr pelo bairro, andar de skate ou pegar a bike e dar um rolê. Eu mesmo faço isso pelo simples prazer de dar uma volta e suar um pouco. 🙂
Atacando os problemas, pt. 3: a falta de disposição
Essa é bem difícil, afinal… como criar disposição quando você não tem a menor vontade?
Bem, vamos lá.
1. Ache um parceiro: de longe, uma das melhores formas de incentivo. Ter um parceiro ou parceira solidifica a relação e é como uma rede de proteção. Quando você estiver mal, ele te chama. Quando for ele, você o apoia. Quando a coisa falhar, vocês têm um ao outro pra tentar entender o que está acontecendo. Vale super a pena. Além disso, atividades em grupo costumam adicionar uma camada de compromisso que vai além de nós mesmos, o que limita um pouco a autoindulgência.
2. Utilize-se do nosso calendário de hábitos: monitorar atividades fora da própria cabeça ajuda muito a manter o ritmo rolando. Quando você vê os checks positivos rolando, acaba ganhando energia, sente que está fazendo algo legal e assim entra num fluxo bem virtuoso. Já recomendei e recomendo de novo. Aqui o link do artigo.
3. Tenha um padrão mínimo bem baixo para dar check na atividade do dia: não sei vocês, mas eu tenho uma forte tendência autossabotadora de determinar padrões muito difíceis de serem atingidos. Assim, se eu não faço nenhum exercício, quero logo implementar duas horas de atividade física todos os dias. A realidade, claro, bate na minha cara. Imprevistos acontecem, você fica cansado e, quando se vê nessa posição, quer logo desistir de uma vez em um ciclo que demora alguns meses pra se repetir. Sugiro, de coração, que você determine um mínimo viável para dar o check na atividade do dia. No meu caso, eu já dava check na atividade se conseguisse sair de casa, tivesse eu corrido 5km ou apenas caminhado dez minutos. O importante, no nosso momento, é implantar o hábito e fazer a atividade demandar menos esforço.
4. Faça algo prazeroso: a gente esquece disso, né? Mas é essencial não se torturar, portanto, tente escolher algo que seja prazeroso. Não gosta de academia? Não vá, simples. Escolha alguma outra coisa, a vida já é difícil o bastante e há todo um universo de atividades possíveis, então, não faz o menor sentido ficar sofrendo, martelando algo super chato.
5. Coloque a música do Rocky e saia de casa. Sério, funciona.
Ignição da semana: experimente fazer exercícios por uma semana
Então, eis o desafio dessa Ignição: sustentar uma rotina de exercícios por uma semana, no mínimo (idealmente, 30 dias). Depois, venha relatar como se sentiu, se foi mesmo capaz ou não.
Como sempre, pedimos que quem resolver tentar, comente aqui embaixo e nos diga que vai entrar na brincadeira. Isso é super importante pra gente sentir a energia do grupo.
Como sempre, a conversa segue nos comentários.
E aí, topa o desafio?
Vejo vocês de novo quarta que vem!
* * *
O que é a coluna Ignição?
Resumindo: queremos iniciar processos de transformação por meio de ações práticas.
Aqui no Papo de Homem temos trocentos textos filosofentos falando de tudo. Agora, vamos pra outra abordagem.
Menos papo, mais ação.
Você está perdido e não sabe o que fazer da vida?
Aqui vamos oferecer um ponto de partida, ações simples que você possa usar como um aquecimento, que coloque seus "músculos" no ponto para você gradativamente começar a lidar com seus problemas de frente.
Como funciona?
Toda semana vamos sugerir ações práticas acessíveis, para que você possa sair da inércia.
Depois, pedimos que venham aqui no artigo e relatem, em detalhes, como foi a experiência. Vale qualquer coisa, inclusive e principalmente, se der tudo errado, pois é nessas horas que a gente precisa de apoio e a coisa de termos uma comunidade mais vai fazer sentido. Nos colocando em movimento vamos começar a descobrir irmãos, amigos, enfim, parceiros de transformação.
Com o tempo, vamos cultivar uma rede de parceiros, dispostos a transformar suas vidas e também conversarem sobre o processo todo como uma forma de se incentivarem e se apoiarem.
A Ignição é incrível, onde encontro os experimentos anteriores?
Muito fácil! Basta entrar na coleção Ignição.
Já conhece o ebook "As 25 maiores crises dos homens — e como superá-las", produzido pelo PdH?
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Para conhecer mais sobre o conteúdo do livro e tudo que vai encontrar lá dentro, leia esse texto.
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