O troféu anual da revista Esquire coroou, como já é tradição e motivo de refestelo para a homarada, uma imagem.
Nesse ano a construção vencedora é aquela associada a uma mulher de quarenta anos chamada Penelope Cruz, nascida na Espanha em vinte e oito de abril de 1974.
Primogênita da casa, tem um irmão mais novo cantor, Eduardo, e uma irmã mais nova e também atriz, Mônica. Aos quinze, Penelope estrelou um clipe brega latino chamado “La fuerza del destino“, seu provável primeiro trabalho de maior projeção. Seus amigos a chamam de Pe.
É casada com um homem batizado Javier Barden. De criação católica tradicional, filha de uma cabeleireira e de um mecânico, ela doou seu primeiro salário de um filme feito em Hollywood para a fundação assistencial de Madre Teresa. No começo dos anos 2000, ela fotografou crianças tibetanas no Nepal, para uma exposição visitada pelo Dalai Lama.
Mãe de Leonardo e Luna, Pe anda distante dos holofotes e afirma que família é tudo para ela. Publicamente, tem defendido a importância da amamentação materna com grande empenho.
Fora essas linhas pobres, chuto que ela seja tão temperamental e cheia de obstáculos internos, travas e receios como qualquer outra mulher – ou homem.
A imagem na capa da Esquire me brilha o olho, confesso, e rodou o mundo em manchetes mil de ontem pra cá.
Mas prefiro a mulher sem pestanejar; essa não precisa ser eleita a mais sexy do prédio nem do bairro, basta ser real. Sorte do Javier.
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