A última vez foi destruindo um McBacon no Shopping Iguatemi, em 1999. Mas, eu vi Maguila no ringue. Também.
Assistir uma luta do Adilson “Maguila” Rodrigues é como ouvir Beatles pela primeira vez. Luciano do Valle, apesar de surdo, sabia disso. Tanto que foi empresário do pugilista de 1982 a 1989, quando decidiu pelo fim da carreira do lutador sem consultá-lo.
No ano seguinte, em 1990, seu ápice foi quando beijou a lona. Numa luta claramente arranjada, Maguila perdeu para um americano que anos depois faria sucesso como garoto propaganda de churrasqueira. Um parágrafo negro na história do maior ídolo brasileiro depois de Pelé.
Sim, Maguila era o Pelé do boxe. O mestre. O gênio. O rei. O Cardoso.
Pois bem, a redenção viria cinco anos depois. Após um longo período treinando na Rússia e decorando a letra de Gonna Fly Now, Maguila desafiou o dono do cinturão. Lembro-me como se fosse há 13 anos. Maguila, aos 37 anos, deu uma surra no inglês Johnny Nelson e tornou-se o primeiro brasileiro campeão mundial peso pesado.
Pois é, crianças. Eu vi Maguila lutar. E, anos depois, vi Maguila cantar. Ahan, Maguila cantou. E no Raul Gil. E com o Paulo Nunes. E a Rosana Hermann.
O figurino é Blue Brothers, mas o timbre é meio Taiguara da Silva. Manja?
Suave como um direto no queixo.
Dica das mentes criminosas do Mexas.
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