Ao longo da história, o homem sempre teve a necessidade de expressar seus sentimentos (raiva, amor, esperança, medo, devoção) em formas artísticas. Uma delas, a escultura.
Escultura tem um conceito bem amplo, mas, podemos defini-la como um objeto físico (não expressado em superfícies bidimensionais) e que possua relevo.
As esculturas se constroem tanto pela cultura da sociedade quanto pelos conflitos que afligem a vida do escultor. Já que, 20 mil anos atrás, as civilizações estavam em contato mais direto com a força da natureza, a escultura que mais representa este conflito é a Vênus de Willendorf. Uma mulher de formas volumosas, que, para alguns especialistas, representa a imagem da Mãe-Terra, ou a fertilidade.
As esculturas encontradas no Oriente antes da Era Comum (ou seja, antes do marco zero do calendário ocidental, o nascimento de Jesus) representam os motivos místicos dessa região. Grande parte das peças são referentes aos ritos praticados, ou representavam figuras mitológicas ou divinas do hinduísmo, budismo e jansenismo. Nas Américas, as esculturas dos povos astecas, maias e incas, entre outros, também se referem a crenças e a colheitas. Antes da Era Comum, a maioria dos povos necessitava expressar suas crenças a partir de objetos e, neles, apareciam conceitos ligados à natureza e ao transcendental. Já a sociedade grega, mesmo nessa época distante, adotava uma forma mais ampla, mais conceitual de ver o mundo.
Depois de séculos nos quais a religião era a principal inspiração artística, os movimentos vão adquirindo outras motivações – passando pelo Renascimento e o Neoclássico até chegar no Modernismo, que via as formas tradicionais como obsoletas e encarava o desafio de criar uma nova cultura. O período moderno é o estopim para criações se firmarem com mais conteúdos críticos, acentuando visões patrióticas e reformulando uma imensidão de outros contornos.
Hoje, no momento contemporâneo, cheio de novas técnicas e materiais inovadores, artistas como Jeff Koons, Anish Kapoor, Takashi Murakami, Henry Moore e Louise Bourgeois já abordam assuntos que antigamente não eram representáveis, como a crítica social, possibilitando uma maior amplitude da expressão artística.
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