Faz pouco tempo, falamos aqui dos filmes que achávamos que mereciam sequência. O meu escolhido foi Caçadores de emoção (1991), de Kathryn Bigelow. Pois bem, não vai ter sequencia, mas a luz verde acabou de ser dada para o seu remake.

Devemos nos preocupar? Talvez. Como já disseram por aí, é um dos poucos filmes realmente originais do nosso tempo.

"27 bancos em três anos. A mais perfeita onda do crime está prestes a arrebentar."
“27 bancos em três anos. A mais perfeita onda do crime está prestes a arrebentar.”

Fazer remakes é uma atividade tão inglória que só o total desespero e absoluta falta de criatividade ainda justificam. Ou você faz uma releitura original e insolente…. e recebe pedradas por ter “desfigurado um clássico”; ou faz uma obra completamente fiel… e recebe o desdém da crítica e do público por ter cometido um filme redundante.

Já sabemos que pelo menos uma coisa vai mudar: ao invés do surfe, o filme vai se focar em “esportes radicais”. Será bom? Será ruim? Tudo é possível.

"Você nunca mais vai desmontar o Estado de Segurança Social, seu reaça cretino!"
“Você nunca mais vai desmontar o Estado de Segurança Social, seu reaça cretino!”

O lado ruim: a equipe de produtores e roteiristas (ainda estão em busca de todo o resto, inclusive diretor e atores) é responsável por verdadeiras bombas como Salt, Código de Conduta e o remake de O Vingador do Futuro. Ou seja, não fiquei reconfortado.

"Não solta minha mão ou eu choro!"
“Não solta minha mão ou eu choro!”

O lado bom: Michael deLuca, um dos produtores, pelo menos entendeu bem e consegue resumir com maestria o espírito do filme original:

Caçadores de emoção não era só um filme, mas uma meditação zen sobre testosterona e masculinidade em fins do século vinte e esperamos fazer o mesmo para o século vinte e um!”

O moço não faz idéia do que seja uma meditação zen mas, tudo bem, o filme também não.

Enfim, é esperar pra ver.

Abaixo, a melhor sequência do filme:

Link YouTube | Escolhida pela revista Empire como uma das dez cenas de ação mais ensandecidas de todos os tempos.