"A arte do Marinheiro" (The Art of the Sailor) é um guia informativo publicado em forma de pôster pela cartunista Lucy Bellwood, residente do Oregon, na costa oeste americana.

Ela criou a arte para rodar na exposição itinerante do Museu Marítimo de Vancouver, "Tattoos e Scrimshaw: a arte do marinheiro".

Cá algumas das artes decodificadas por ela:

Navio completo

Para marinheiros que passaram pelo Cabo Horn, o ponto mais meridional América do Sul (abaixo da Patagônia Argentina). 

Andorinha

Tatuada a cada 5.000 milhas náuticas viajadas por um marinheiro. 

Sim, pra quem ficou curioso, isso dá aproximadamente 9260 quilômetros. É bastante sim.

Estrela Náutica

Para que o marinheiro pudesse sempre encontrar o caminho de casa.

Âncora (uma só)

Uma âncora solitária indica que o marinheiro atravessou o Oceano Atlântico ou era um mercante dos mares.

Tartaruga

Merecida após acontecer o ritual de iniciação chamado King Neptune's Court, em que se comemora a passagem pela linha do Equador.

Corda

Nó de corda desenhada em volta do pulso indica que o marinheiro foi promovido a "deckhand", um membro da tripulação cujos deveres incluem manutenção de casco, decks e superestrutura e amarração e manuseio de carga.

É o cara que subiu, literalmente, no trabalho.

Canhões Cruzados

Significa que o marinheiro está no serviço militar naval.

Hula Girl

Uma garota fazendo a típica dança "hula" havaiana era desenhada no braço de marinheiros americanos que estiveram no Havaí.

HOLD FAST

O escrito "Hold Fast" nos dedos (em tradução livre, "segure firme"), é o pedido para que o marinheiro tenha um bom aperto no manejo dos equipamentos.

Âncoras cruzadas

Duas âncoras cruzadas e desenhadas entre o polegar e indicador mostra que o marinheiro virou contramestre, o encarregado dos outros marinheiros, qualificado para dirigir e organizar as tarefas dentro do navio.

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O Porco e o Galo

Durante a Segunda Guerra Mundial, marinheiros tatuavam porcos e galos nos pés para "evitar" que eles se afogasses.

Porcos e galinhas entravam no navio em caixas que flutuavam e muitas vezes eram os únicos sobreviventes em naufrágios.

Muito interessante ir sacando o misticismo e a crendice por trás das tatuagens, além dos desenhos que eram apenas "permitidos" por aqueles que passavam por etapas e avançavam em suas "aventuras".

Pra quem se interessou, dá pra comprar o pôster por 15 ou 20 dólares, dependendo do tamanho.

Jader Pires

É escritor e colunista do Papo de Homem. Escreve, a cada quinze dias, a coluna <a>Do Amor</a>. Tem dois livros publicados