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Faz um ano que minha mãe me pede para fazer exames de sangue.

Não me lembro quando foi a última vez que fiz esses exames. No mês passado fui ao dermatologista perguntar sobre umas manchinhas que estavam aparecendo nas costas, ele falou que não era nada demais e acabei esquecendo de pedir pra ele fazer um pedido de exame que a gente usa pra justificar pro convênio. Passou. Não sei quando vou ter a chance de pedir novamente. Não tenho planos de ir no médico tão cedo.

Não tinha.

Em parte, o que eu usava para dizer à minha mãe é: eu vou na academia, corro, costumo caminhar por longas distâncias, jogo bola toda semana e sou um dos que mais corre na tentativa de compensar minha falta de habilidade, me considero uma pessoa saudável apesar de admitir que me alimento muito mal.

E foi justamente por essa rotina que o vídeo do Arthur Roessle me marcou e eu pedi para escrever o texto que acompanha o Caixa-preta dessa semana: apesar de um pouco mais velho do que eu, ele também se considerava um cara saudável, até que teve um infarto… Enquanto jogava bola! E qual foi a primeira reação que ele teve ao começar a se sentir mal durante o jogo? Pedir pra ir no gol para descansar um pouco e ver se passa… Que erro. Sabe o que é mais irônico? É exatamente a mesma coisa que eu faria.

"Eu acreditava que tinha uma vida saudável. Eu andava de bicicleta. Jogava um futebol. Sempre fui um caro muito ativo. Sempre me preocupei em comer bem. Mas óbvio que às vezes eu aterrorizava numa estufa de padaria.

Eu era um cara ativo. Saudável eu achei que era. Mas na verdade eu não tava saudável, né? O nervosismo, o stress, a preocupação… Era uma coisa que eu achava que estava tudo bem e não estava, sabe?

Na rotina da minha vida, eu não ia ao médico. Nunca fiz muita questão. As poucas vezes em que fui ao médico foi quando eu realmente já estava num estado crítico de dores. Agora eu sou uma pessoa que tenho que controlar o colesterol, tenho que fazer exames, tenho que ir ao médico. Então eu diria: pra não ter que ir, vá de vez em quando. É melhor do que ser obrigado, né?"  

 Depois dessa, eu não sei vocês, mas eu vou marcar um check-up geral.

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Mecenas: Natura Homem

A própria saúde costuma ser um dos territórios mais ignorados pelos homens. “Estou bem”, “que frescura!” e as certezas que temos podem ir pro espaço quando um episódio como esse, do Arthur, acontecem.

É melhor se cuidar agora, aos poucos, do que ser obrigado a fazê-lo depois de um susto.

Seja homem? Seja você. Por inteiro.

Natura Homem celebra todas as maneiras de ser homem.

Breno França

Editor do PapodeHomem, é formado em jornalismo pela ECA-USP onde administrou a <a>Jornalismo Júnior</a>