Alô, moçada!

Nossa estilosa e sensual coluna quinzenal chegou.

Hoje falarei de algo que roubou minha atenção semana passada. Estava eu, dando um rolê nos textos do PdH, quando me deparei com um artigo sobre como a maneira com que você usa uma peça pode determinar a impressão que as pessoas tem de você.

Curioso como "choveu" de comentários do tipo: "eu não me importo com que os outros pensam de mim".

Pô, como assim? Não se importa, mas tá se importando quando vai sair com a amiga, né, não? Não se importa, mas fica todo todo quando dizem que está bem vestido, diz aí!

E veja bem, jovem, não se engane! Até o seu "nem aí" está querendo dizer alguma coisa.

"Como assim? Não tá não. Não tô nem aí! Pego a primeira roupa e foda-se se alguém achar qualquer coisa a respeito".

Então, tá. Simularemos uma situação.

Vamos supor que você, super seguro de si, vá a uma entrevista de emprego estilo Mark Zuckerberg. E, sim, arrebentou na entrevista, mostrou todo o seu conhecimento técnico, apesar da aparência.

Grande Markito Zuck! Menino prodígio!

Eu, como sua possível empregadora, achei que você abraçou todas as características técnicas para o trabalho. Fantástico, não?

Não, porque aí vem a reflexão:

Bem, o cara mandou bem demais, mas apareceu aqui com uma calça largona, camiseta e chinelo. E as pessoas por aqui trabalham mais alinhadas. Será que ele pensa que é melhor que todos nós? Pelo menos diferente ele acha que é. Será  que este perfil se enquadraria em um trabalho em equipe? Hun… pode ser que não.

Ele pode ter todo o conhecimento necessário para vaga, e pode ser um gênio trabalhando sozinho, mas para um trabalho em equipe, esse perfil dificilmente funcionará. Não vou arriscar. Próximo canditado, por favor…

E lá se vai nosso "nem aí" para a próxima entrevista de emprego.

Pense bem, você não casa de bermuda só porque ama ficar com os grafites de fora, né? Você é o nem-aí-locão-contra-o-sistema, mas não custa muito uma vez na vida usar a caralha de um terno, não é mesmo? Entender que cada situação tem um código fará com que você não só se adeque mais ao ambiente, como também que seja lido com mais clareza.

Claro que esse não é um raciocínio para todos nós andarmos exatamente iguais, mas existem determinadas situações em que a cautela é interessante e nada impede de você adicionar alguns pontos de personalidade na sua vestimenta, sem ofender o espectador. Lembre-se que ser radical é novico na maioria dos casos.

A estética  é uma ferramenta e vai além de te acharem bonito ou feio. É um jeito de dizer coisas sem ter que se pronunciar. Seria como um alfabeto visual. É você falando coisas, querendo ou não, através da imagem.

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Ora, em algum momento da sua vida você aprendeu a falar utilizando palavras, não é mesmo? E olha aí como foi útil! Então, por que não utilizar a sua imagem da mesma forma? Entenda que conseguir se comunicar é vital para o seu bem estar e posso te garantir que, infelizmente, não existe ninguém que seja "mudo" visualmente. Logo, querendo ou não, lá estará você dizendo algo.

O preconceito sempre será fruto da falta de conhecimento. A aversão sempre foi a resposta dos inseguros.

E, então, passamos para a segunda parte deste artigo:

Como saber a mensagem que estou passando quando utilizo uma peça?

A leitura que fazemos das pessoas ao nosso redor, mesmo que inconscientemente se dá através de referências e estímulos que recebemos ao longo das nossas vidas.

Seria como o preto para funerais, por exemplo. Quanto pensamos em luto, pensamos em preto. Essa relação não surgiu nas nossas mentes magicamente. Ela só existe devido a um conceito cultural, ao ver todas as pessoas ao nosso redor indo a funerais de preto. Seja na vida real, filmes, etc..

Se você visualizar um homem vestindo uma camiseta cinza, uma calça caqui e usando um cabelo raspado, por exemplo, para um espectador de 35 anos ou mais, ele terá características que um militar poderia ter, passando uma imagem viril, de alguém corajoso, mesmo que incoscientemente. Mas claro que se o espectador for um índio, essa leitura será completamente diferente.

A possibilidade de poder "roubar" caracterísitcas para sí é algo fanstástico e você pode estar aí, perdendo, por pura bobagem, preguiça e/ou proconceito.

"Entendi, Camila. Mas será que consigo adicionar novas informações a minha imagem sem ter que mudar muito?"

O que você vê quando olha um homem de 30 anos, com sapatos pretos, meias, calça social preta, camisa branca e cabelo penteado?

Nada.

Essa imagem você já viu e por isso nem enxerga o que está na sua frente, apenas adequa a categoria a que ele pertence: rapaz Comum, mais comum impossível.

Agora olhe o mesmo rapaz. Acrescente uma bota, mantenha o cabelo penteado, adicione uma fina corrente no pescoço, um cordão surrado no punho, o que você vê?

  • Audácia;

  • Personalidade;

  • Uma figura claramente viril.

Adequando antigos signos e adicionando pequenas novas infos podemos alterar completamente como somos vistos e percebidos, sem que esta alteração nos seja gritante ou incomoda.

E chegamos ao fim de mais um artigo. Espero que tenha sido proveitoso =)

Nos vemos em 15!

A Conto Figueira está com coleção nova! Já viu?

Aproveitando o espaço para o jabá honestíssimo, a minha marca masculina junto com Bruno Passos acabou de lançar coleção nova de camisas. Está coisa linda de Deus!

Todas as peças podem ser vistas aqui.

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Camila Simielli

Proprietária da marca masculina <a>Conto Figueira</a>."