Os tempos eram outros. A década de 60 foi uma das mais conturbadas e criativas do último século e, desse caldeirão social, político e cultural, tiramos uma boa dezena de figuras e momentos que entraram pra história.
Naquela época, havia o boxe.
Cassius Clay era um pugilista muito jovem quando ganhou, em Roma, a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1960. Anos depois, engajado politicamente e amigo do defensor do direito dos negros nos Estados Unidos, Malcolm X, se converteu ao islamismo e mudou seu nome para Muhammad Ali. O resto, é história, parte dela muito bem contada aqui no PapodeHomem na série “Homens que você deveria conhecer“.
Ali é considerado por muitos o melhor lutador de boxe de todos os tempos, além de ter sido eleito “O maior Esportista do século XX” pela conceituada revista Sports Illustrated em 1999. Só por isso, já valeria a procura por mais informações sobre a vida do carismático socador de cabeças que, hoje, sofre do Mal de Parkinson.
Mas a vida de Clay/Ali é ainda tão rica fora dos ringues. Sua luta pelos direitos civis dos negros, sua prisão após negar servir ao exército americano no Vietnã e toda a trajetória de um homem que gostava de festas, se tornou religioso, pacifista e conquistou títulos e reverências em todo o universo do boxe.
Para entender ainda mais todas as histórias que cercam Muhammad Ali, foi relançada, em edição de bolso, o livro O Rei do Mundo, de David Remnick, uma beleza de mais de 300 páginas contando a história do glorioso pugilista, que abriu a socos o seu espaço na história da nobre arte do boxe. Para se ter ideia da magnitude desse papo, vou colocar aqui embaixo o final da resenha do Ronaldo Bressane, publicada na Revista Alfa desse mês:
José Aldo, Lyoto Machida e Anderson Silva podem ser brilhantes lutadores de MMA, arte que substituiu o boxe em popularidade – mas ainda precisam comer muito arroz com feijão se quiserem, um dia, estar à altura de um livro como este.
Que mais eu poderia dizer?
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