Lembra daquela sua colega dos primeiros anos de escola? Aquela feinha e desajeitada, que só entrava nos grupos porque era minimamente inteligente, e depois só foi ficando mais e mais sem graça… até sumir por uns tempos e voltar toda adulta, elegante e engraçada? Ela é o GIF. Surgido em 1987, o padrão de imagem foi desenvolvido porque não existia ainda um formato leve o bastante de imagens coloridas para ser usado naquele embrião de internet que existia na época. A capacidade de exibir animações só veio na segunda versão, dois anos depois. O GIF foi genuinamente útil – essencial, até – por alguns anos, mas começou a ser abusado na década de 90.

Páginas com caixas de correio animadas, foguinhos, caveiras, arrobas giratórias, setas e as infames placas de “homens trabalhando” para indicar que o site estava “em construção”. Não é algo que os olhos da virada do milênio vão se esquecer facilmente, da mesma forma que os nossos ouvidos ainda lembram do infame ruído do modem se conectando à internet discada.

Então veio a tal da Web 2.0 e o GIF saiu de moda tanto quanto saiu de moda chamar os mais velhos de vossa mercê.

O GIF pós-moderno

Mais ou menos junto com a ascenção do Tumblr, por volta de 2010, os GIFs pegaram carona na onda retrô e voltaram a fazer parte da vida online das pessoas. Não mais como necessidade, mas como escolha de estilo e expressão artística. Logo eles já estavam sendo aceitos como obra de arte em exibições em Londres ou atuando como uma espécie de evolução da fotografia – ganhando nesse caso o pomposo nome de Cinemagraph.

No entanto, por mais que os cinemagraphs sejam estilosos e os GIFs do início dos anos 90 tivessem todo um propósito utilitário, atualmente o principal uso dessas animações tecnicamente toscas é comunicar alguma ideia ou reação. Se você conhecer GIFs o suficiente, pode conduzir boa parte de uma conversa na internet usando apenas eles.

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O que você não vai fazer, claro. Você não é um desses caras.

Mas usar um ou outro de vez em quando, em uma troca de emails na empresa, discussão por Facebook ou sei lá onde, pode ser bem engraçado. Por isso a lista a seguir.

Que, pensando bem, é bastante incompleta. Ela contém aprovação, negação, sarcasmo, tristeza, segundas intenções, raiva e um belo tanto de ironia, mas fica por isso mesmo. Um espectro pequeno de emoções. Bem representativo do clima da maioria das discussões de internet, não acha?

Ao menos daquelas em que os participantes pensam em usar GIFs.

Como usar/encontrar mais/fazer seus própriosPara usar qualquer um desses GIFs por aí, você pode simplesmente clicar com o botão direito do mouse neles, escolher “Copiar” e depois colar onde quiser. Funciona em muitos lugares (email, posts no seu blog etc), mas não em todos (Facebook, comentários do PdH etc). Para esses, faça a mesma coisa, mas copie a URL da imagem, em vez da imagem em si. Alguns bons sites para encontrar outros:

Este último tem um trunfo: você pode usar um vídeo qualquer do YouTube para selecionar um trecho e transformar em um GIF de sua própria criação.

42 GIFs animados para usar como quiser

Fabio Bracht

Toca guitarra e bateria, respira música, já mochilou pela Europa, conhece todos os memes, idolatra Jack White. Segue sendo um aprendiz de cara legal.rnrn[<a>Facebook</a> | <a href="http://www.twitter.com/FabioBracht">Twitter</a>]"