Infidelidade Online

Na medida em que cresce o número de internautas  aumentam também os casos de infidelidade conjugal.

Foi a conclusão a que chegou a psicóloga Beatriz Avila Mileham, da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.

“Com o sexo cibernético à mão, tanto em chats como em programas de mensagens instantâneas, não é mais necessário recorrer a viagens secretas ou motéis isolados para alguém realizar suas fantasias extraconjugais”
, ela esclarece.Infidelidade

Mais de 60% dos 86 internautas norte-americanos – 76 homens e 10 mulheres -   entrevistados pela psicóloga ao longo de um ano, dizem ser felizes com seus pares mas  freqüentam salas de bate-papo para experimentar momentos eróticos intensos, que,  por diversas razões, são difíceis de acontecer no casamento.

Como, obviamente, não há contato físico nos encontros online, mais de 80% acreditam que não há nisso nenhuma traição, enquanto 17% sentem-se levemente culpados.

“Eles dão ênfase ao anonimato e ao fato de, com um simples clique, terminar o relacionamento, sem qualquer comprometimento mais sério”, destaca Mileham.

Al Cooper, expert no campo da sexualidade, autor do livro “O Sexo e a Internet: um Guia para os  Clínicos”, acha que a pesquisa de Mileham é importante para ajudar a entender o crescimento do fenômeno.

“Terapeutas em todo o país estão falando que o sexo online é  a maior causa de rusgas entre casais. Então, precisamos compreender melhor quais são os fatores que contribuem para isso, de modo que estejamos em condições de conversar com nossos pacientes sobre as nuances do problema, que é capaz de desencadear um processo de divórcio”, ele alerta.

O estudo da psicóloga envolveu pessoas entre 25 e 66 anos das mais diversas profissões, entre as quais donas de casa, enfermeiras, engenheiros e executivos de grandes corporações.

Artigo originalmente publicado no ReporterNet.


publicado em 07 de Janeiro de 2007, 10:01
11556643ddee021a807da419a1fbfa82?s=130

João Magalhães

João Magalhães ainda não nos disse nada sobre ele. Sim, também estamos curiosos.


Puxe uma cadeira e comente, a casa é sua. Cultivamos diálogos não-violentos, significativos e bem humorados há mais de dez anos. Para saber como fazemos, leianossa política de comentários.

Sugestões de leitura