Um grupo de pesquisa quer ajudar no tratamento de pessoas que possuem dependência química usando um método não muito convencional. Trata-se do BeOK, aplicativo desenvolvido por alunos da USP e idealizado pela coordenadora do setor de Psicologia do Grupo Interdisciplinar de Estudos em Álcool e Drogas, Flavia Serebrenic Jungerman.

A ideia é construir uma ferramenta que seja tão eficaz quanto um tratamento presencial, com funcionalidades que tragam autonomia. Conversamos com William Almeida, membro da equipe responsável pelo desenvolvimento do aplicativo, e ele explicou que faz parte do propósito do projeto colocar os dependentes químicos no controle de suas próprias metas. "Assim, os usuários em tratamento podem fazê-lo em seu próprio ritmo e avaliando seu próprio progresso", disse.

Atualmente existem diversas opções de tratamento, como grupos de conversa, apoio e intervenções clínicas. Os CAPs, por exemplo, são Centros de Atenção Psicossociais que oferecem apoio médico, distribuição de medicamentos e atenção para a família, tudo pela rede pública de saúde.

Mas, segundo William, a intenção é tornar o app uma ferramenta a mais no combate aos vícios. "A ideia não é acabar com o tratamento convencional mas, sim, incluir pessoas que não conseguiram vagas ou que moram em regiões em que não há oferta do serviço."  

O BeOK já tem protótipo, mas ainda está em fase de testes. Enquanto esse projeto não avança, pontuamos alguns links que podem ser úteis caso haja necessidade ou interesse.

É importante ficar atento ao que está acontecendo com amigos ou familiares ao redor e descobrir novas maneiras de enfrentar essa questão. Compartilhar esse tipo de informação pode sempre ser útil para alguém da sua rede. 

Links úteis para quem quer procurar ajuda no tratamento :

Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas

Leia também  Ken Wilber: 1ª entrevista brasileira com "O Einstein da Consciência" (parte 1)

Programa Crack (tratamento)

Política sobre drogas: prevenção, tratamento e redução de danos

Onde buscar ajuda: Redes de atendimento governamentais e não-governamentais

Serviço de informações e orientações sobre drogas por telefone: 132

Para ler mais sobre o assunto:

Entendendo um pouco sobre o vício e algumas saídas

"Tenho um amigo viciado em drogas" | ID #38

Eles bebem, cheiram, fumam e gravam tudo para o Youtube

Um pequeno case sobre o comércio ilegal da maconha

Redação PdH

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