Franceses desafiam a gravidade e rendem imagens belíssimas

41 anos depois do feito de Philippe Petit, um compatriota volta aos EUA para bater o recorde mundial de slackline

O ser humano nunca perde a capacidade de fazer coisas absurdas. E extraordinárias. Desafiar os limites do nosso corpo, da nossa mente e da natureza sempre nos rendeu um gostinho especial.

O cinema gosta desses momentos. E se inspira nele. Não é a toa que chegou ao Brasil em 8 de setembro o filme chamado A Travessia. O longa conta a história do artista francês Philippe Petit que em 1974 resolveu caminhar de uma torre até a outra do até então inacabado edifício World Trade Center.

Mas é claro que a caminhada não foi tão fácil assim. E por um simples motivo: Petit fez isso a 400 metros de altura.

Durante 45 minutos, ele atravessou os 60 metros que separavam os dois prédios oito vezes sobre um cabo de aço com apenas uma vara na mão. Sem notificar as autoridades e sem nenhum tipo de equipamento de segurança, o francês não demonstrou medo e ainda incluiu acenos, paradinhas e reboladas na performance.

No final, Petit virou um herói para alguns, um maluco para outros e um prisioneiro para os EUA. Porém, graças à cobertura que os veículos de comunicação fizeram e à grande comoção da população, a sentença de Petit acabou sendo reduzida a uma nova apresentação, dessa vez para crianças no Central Park de Nova Iorque.

Se você não assistiu ao filme ainda (e não tem vertigem), fica a recomendação para esse filme cheio de efeitos especiais que, inclusive, nos dão a chance de rever (e conhecer) o edifício que foi derrubado nos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

Link Youtube

Foi aí que 41 anos depois, outro francês foi ao território americano fazer uma nova travessia histórica. Théo Sanson é um atleta profissional de slackline que tem em Phillippe Petit uma inspiração assumida. Pouco tempo depois do filme de seu compatriota chegar aos cinemas do mundo inteiro, Théo bateu o recorde mundial da distância mais longa percorrida sobre uma fita e nos rendeu um vídeo belíssimo.

Foram 500 metros de distância percorridos entre dois picos rochosos no deserto de Utah, sudoeste americano. Mesmo com equipamentos de segurança, Théo usou o medo como combustível, garantiu um lugar no livro dos recordes e ganhou nossa admiração.

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E aí, curtiu?


publicado em 22 de Novembro de 2015, 00:05
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Breno França

Editor do PapodeHomem, é formado em jornalismo pela ECA-USP onde administrou a Jornalismo Júnior, organizou campeonatos da ECAtlética e presidiu o JUCA. Siga ele no Facebook e comente Brenão.


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