Existem bons documentários sobre futebol. “Todos Os Corações do Mundo“, filme oficial da Copa do Mundo de 1994 dirigido por Murilo Salles, é o melhor exemplo.

Com contribuição de George Vecsey, editor de esportes do New York Times, o longa é aclamado por sua perspectiva extra-campo e imagens de bastidores, como a de Baggio encarando Romário momentos de pisar no gramado do Rose Bowl.

Um guerreiro procura decifrar o outro, momentos antes do embate final

Entretanto, a dura verdade é que, depois do distante ano de 1994, o cinema documental não privilegiou o futebol. Foram lançadas dezenas de produções de qualidade duvidosa. Alguns bons filmes, como o “Inacreditável – a Batalha dos Aflitos” – dirigido por Beto Souza e com roteiro de Eduardo Bueno. Outros nem tanto, como “Pelé Eterno”, o documentário cheio de

boas intenções e gols, mas tão sonolento quanto um jogo de curling.

Agora, depois de uma triste entressafra, surge a esperança de bons ventos aos cinéfilos boleiros. O diretor dinamarquês Ole Bendtzen lançou o seu “Football is God”. O filme retrata a vida de três torcedores do Boca Juniors e a cultura apaixonada argentina de cantar durante os 180 minutos. Além disso, faz um estudo recheado de teorias sobre a Iglesia Maradoniana, tentando explicar aos céticos europeus o que faz um país inteiro considerar seu jogador de futebol o Deus canhoto.

O trailler é de arrepiar.

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O filme estará em cartaz no Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente a partir de 6 de abril.

Ainda não há previsão de estréia no Brasil. Nem local. Talvez na igreja mais próxima.