Trago boas notícias!

Não saberia se é o seu caso, mas vou falar por que aposto que o percurso de práticas do lugar (olugar.org) pode beneficiar muitas pessoas. Resumo em apenas quatro pontos, mas antes assista a esse curto vídeo que acabamos de publicar. Ele dá todo o contexto:

Link YouTube

1) Sofremos de falta de prática. Somos muito teóricos. A cultura do entretenimento nos leva a enxergar todas as coisas como “conteúdo”. Como nos relacionamos teoricamente, é muito fácil simular qualidades positivas, ser fake, deixar que nossa principal prática seja a do bla-bla-bla. Se formos honestos, vamos admitir que quase nunca realmente praticamos, ou seja, quase nunca nos dispomos a cortar o ciclo habitual de reatividade, ganhando liberdade diante do que surge dentro e fora. Se formos honestos mesmo, vamos reconhecer que não sabemos direito nem como é que se começa a fazer isso. 

2) Sofremos de falta de clareza sobre o que realmente é transformador. Ninguém divulga, mas é enorme a quantidade de dinheiro, de tempo e de foco que gastamos com picaretas autoajuda. Há os do sucesso pessoal, do coaching, da produtividade, do propósito. E há os da “sincronicidade”, da “mudança de paradigma”, do “flow”, do “empreendedorismo em rede” como referencial de sabedoria. Esses dias entrei num site de um cara que dizia ter se libertado de todas as amarras e encontrado todas as respostas em apenas 12 dias. Sério, nessas palavras. Criticar o indivíduo só gera confusão, não é o caso. Meu interesse é nas pessoas que estão ali ao redor: seria bom ganharmos mais imunidade coletiva para não comprarmos tão facilmente esses discursos, não seria?

Se a brincadeira não ficou clara: a pergunta não é dela, é minha (e a montagem é de Fábio Rodrigues)

3)  Sofremos de falta de rede. Vivemos na era da colaboração e do compartilhamento, mas incrivelmente ainda insistimos em andar sozinhos, deixando que nosso mundo interno se terceirize em um submundo de crenças pessoais, técnicas místicas, terapias estranhas e remédios, muitos remédios. Falamos de nossos problemas com uma linguagem pobre e exteriorizada. Temos poucos referenciais elevados por perto. Somos ajudados e ajudamos quase nada perto de nosso potencial. É raro ouvir alguém contando que muitas pessoas ao seu redor estão igualmente ganhando clareza sobre as emoções, aprendendo a relaxar e conversando sobre a diferença entre empatia e compaixão. 

4) Sofremos de falta de continuidade. Nossas tentativas de transformação são pontuais. A gente se fascina com alguma abordagem, se engaja enquanto está interessante, mas logo desanima e larga por outra coisa. Experimente perguntar para um amigo que já passou por muitos métodos de cultivo interno: “O que você pegou e fez por muito tempo, por uns 10 anos?” Talvez a constância existiu com alguma relação, alguma atividade física ou no trabalho, mas raramente com práticas de florescimento interno (redução das aflições mentais, por exemplo).

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Se você tem uma clareza impressionante sobre os processos sutis que transformam a mente, as relações e toda a vida de uma pessoa, se tem constância, comunidade, convites detalhados à prática e talvez um grande professor ou professora, se tal é sua condição, provavelmente olugar.org não lhe seja útil — ou talvez seja interessante para apoiar e expandir seu movimento (como já é o caso de alguns dos participantes).

No entanto, se você também nota tais limitações em sua realidade, se nosso convite brilha para você, ficaremos muito felizes em recebê-lo no lugar. 

Percurso de transformação

No ano passado começamos um percurso de práticas semanais e observamos que muitos participantes liam as sugestões e não se sentiam estimulados a praticar. Então surgiu a ideia de gravar um vídeo para cada prática, já que essa linguagem aumenta a proximidade entre nós.  Já gravamos 22 vídeos e acabamos de lançar! 

Veja, por exemplo, como ficou a abertura de uma das práticas da frente de equilíbrio (temos quatro frentes ou categorias de cultivo: mudança, equilíbrio, clareza e compaixão):

Abaixo do vídeo ficam as orientações em texto e ao fim a pessoa pode contar sua experiência e ver como outros estão praticando

Intensivo online para começar o ano

Na primeira semana de fevereiro, nas noites de segunda a quinta, faremos um intensivo com quatro hangouts (conversas online em vídeo) apenas com os participantes do lugar. Teremos uma fala inicial e um momento para perguntas. No último dia, vamos focar nas práticas do lugar, em como aproveitar essas possibilidades. Em breve vamos divulgar melhor, mas já adianto os temas:

  • “Relacionamentos lúcidos”, com Gustavo Gitti
  • “Felicidade genuína e meditação”, com Jeanne Pilli
  • “Inteligência financeira”, com Eduardo Amuri
  • “Transformação na prática”, com Eduardo Amuri, Gustavo Gitti e Fábio Rodrigues

Como entrar no lugar e participar

Se você entrar no lugar agora, ou até o fim de janeiro, seguirá renovando com o valor de R$ 49 por mês. Quem entrar a partir de fevereiro pagará o preço novo (ainda não definido). Para entrar no lugar e participar →

Atualmente há cerca de 180 participantes de todos os cantos do Brasil e também de outros países.

Se tiverem alguma dúvida, podem nos escrever (contato@olugar.org) ou perguntar nos comentários aqui.

Um abraço!

(Ah, a imagem que abre o post é uma cena do grandioso Pina, de Wim Wenders.)

Gustavo Gitti

Professor de <a>TaKeTiNa</a>