Existem, de fato, infinitos lugares para se estar. Há aqui mesmo, na Terra, nas profundezas do oceano, um mundo alienígena de vastidão desconhecida. Mas, presunçosos que somos, nossas fantasias se projetam para muito mais longe do que isso, além dos limites do espaço, para outras galáxias e universos possíveis.
Somos seres da cidade, temos compromissos, precisamos nos deslocar, executar mil tarefas todos os dias e, ao mesmo tempo, equilibrar tantos pratos que temos a impressão de que um dia só nunca vai ser suficiente. Já acordamos com a desagradável sensação de que não vamos dar conta.
Assim, enquanto seguimos, tarefa após tarefa, demanda após demanda, somos bombardeados pela nova série, o novo produto, mais uma promoção, uma mensagem no Whatsapp, uma notificação no Facebook… Enquanto seu corpo interage com o ambiente e faz coisas, enquanto nos projetamos no tempo e no espaço, raramente conseguimos estar em um lugar. Aqui. Agora.
Manter nossa atenção em um ponto e ficar lá, é uma das grandes dificuldades que temos. Enquanto ouvimos uma conversa, uma aula ou assistimos um filme, raramente permanecemos ali, sem que a nossa mente voe para algum lugar no presente ou no futuro.
Ainda que estejamos sentados em uma praia, ao som do mar, sentindo a brisa fresca em nossa pele, tomando água de côco e provando os melhores petiscos do mundo, algo nos move sempre em outra direção. Nosso corpo está lá. Nossa mente, não.
Esse vídeo do canal da School of Life fala sobre essa nossa eterna ansiedade e dificuldade de estar onde estamos e traz algumas respostas (e mais perguntas) pra essa questão tão complexa.
Tempo é a única moeda sem retorno. Não importa onde o depositemos, jamais vamos tê-lo de volta. Nunca.
O melhor que podemos fazer é tentar estar firmes, com os pés e a mente no lugar onde estamos. Afinal, só vai existir um desse exato momento.
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