Costumo observar a vida e o tempo através de ciclos e, logicamente, quando um ano se acaba temos o fim de um ciclo. Não acho que isso se faça propriamente pelo término de um ano, afinal o que distancia o dia 31 de dezembro do dia 1 de janeiro é apenas mais um nascer do Sol, que ocorre todos os dias.
De qualquer forma, o fim de um ciclo é o momento para avaliarmos o que fizemos durante esse período e, principalmente, planejarmos o próximo ciclo, ou o que gostaríamos de fazer. Nesse contexto, aparecem aquelas já famosas promessas ou resoluções de ano novo. As mais tradicionais que já conhecemos:
- Perder peso.
- Não gastar tanto dinheiro.
- Arrumar uma parceira.
- Ser mais sociável.
- Estudar ou trabalhar mais…
E há outras mais interessantes ou pelo menos não tão previsíveis:
- Fazer o clássico ménage à trois (ou para quem já fez: comer 3 mulheres ao mesmo tempo).
- Meditar todo dia.
- Passar pelo menos 3 dias imerso na natureza, sem facilidade alguma, tendo de buscar água e fazer fogo.
- Parar de fazer promessas e de me enganar com justificativas.
- Não precisar de tanto planejamento para agir.
O mais interessante disso tudo é que a maioria das promessas de ano novo não duram muito tempo. Logo as pessoas perdem o foco e desistem dos seus objetivos. Isso tudo tem até uma explicação simples: a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica que é difícil se alcançar um objetivo quando não nos planejamos para isso e que, quando isso ocorre, é mera consequência do acaso.
O planejamento envolve uma série de ações a serem tomadas, em sequência (ou não), para se atingir determinada meta. É claro que o planejamento não deve ser extremamente rígido, já que normalmente existem muitos obstáculos no caminho que nos obrigam a mudar de estratégia e, em alguns casos, objetivos.
Desafio a todos os leitores PdH
A ação é um dos pilares que sustenta o PapodeHomem. Portanto, convido vocês, caros leitores, a expor uma resolução de ano novo. Mais do que fazer uma promessa, detalhe sua motivação, o propósito da ação, os obstáculos e os caminhos para sua realização.
Começo com um exemplo meu.
Vou aprender a tocar contra-baixo. O principal obstáculo é financeiro: planejo gastar em torno de R$ 600 reais para comprar o instrumento. Já tenho R$ 300,00. Sou estudante; juntar dinheiro com o sustento que já tenho é bem difícil, mas vou fazer uns bicos de garçom nos bares do circuito universitário. Trabalharei nos finais de semana de janeiro para juntar a grana restante, comprarei o contra-baixo em fevereiro e me matricularei em uma escola de música. Depois voltarei aqui para deixar um “Feito!” nos comentários.
Agora passo a bola pra vocês!
Puxe uma cadeira e comente, a casa é sua. Cultivamos diálogos não-violentos, significativos e bem humorados há mais de dez anos. Para saber como fazemos, leianossa política de comentários.