Os índios da tribo Dakota passam de geração a geração o seguinte ensinamento: “Quando você descobre que está montando um cavalo morto, a melhor estratégia é desmontar”.

Nas organizações públicas ou privadas, muitas pessoas se recusam a desmontar do cavalo morto e continuam a usar práticas e manter idéias que se tornaram obsoletas e contraproducentes. Alguns exemplos do que elas fazem:

“Trocam os cavaleiros.
Ameaçam o cavalo com castigos e demissão.

Compram um chicote mais forte e esporas mais afiadas.

Criam um comitê para estudar o cavalo.

Dizem coisas como: “Esta é a maneira como sempre montamos este cavalo”.

Visitam outros países para ver como eles montam cavalos mortos.

Criam um curso para desenvolver habilidades de equitação.

Contratam terceiros para montar o cavalo.

Contratam um consultor para motivar o cavalo morto.

Instalam um sistema que faz cavalos mortos correrem mais rápido.

Declaram que cavalo morto é melhor, mais rápido e mais barato.

Formam um comitê para pesquisar usos para cavalos mortos.

Revisam os requisitos de desempenho para cavalos mortos.

Designam um Six Sigma Black Belt para ressuscitar o cavalo.

Mudam os requisitos operacionais e declaram: “Este cavalo não está morto”.

Incluem no orçamento uma verba para melhorar o desempenho do cavalo.

Atrelam vários cavalos mortos para aumentar a velocidade.

Promovem o cavalo morto a gerente. “

(Autor desconhecido)

No mundo real, as oportunidades passam montadas em cavalos alados e não voltam uma segunda vez. Para aproveitá-las é necessário abandonar a comodidade e a segurança dos cavalos mortos, ou seja, da inércia. Novas oportunidades e desafios exigem que olhemos nosso trabalho sob perspectivas diferentes, novos valores e novas atitudes.

Santos Dumont não teria inventado o avião se tivesse se contentado com o sucesso de seus balões dirigíveis. Bill Gates e Steve Jobs não teriam aberto os caminhos para a popularização do PC se não se libertassem da mentalidade dominante de main frames e sistemas operacionais cada vez mais complexos e pesados.

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No processo criativo, o cavalo morto representa os temores, preconceitos, suposições e paradigmas obsoletos que bloqueiam nossa criatividade. Fuga, o segundo princípio do processo criativo, nos convida a escapar destes bloqueios mentais e libertar nossa imaginação. Em Ferramentas de criatividade você encontrará algumas ferramentas criadas para ajudá-lo nesta fuga.

Jairo Siqueira é autor convidado da PapodeHomem. Engenheiro com mais de 30 anos de carreira e autor do excelente blog Criatividade e Inovação, onde você vai encontrar esse e outros textos.

Jairo Siqueira