No ano do nosso senhor 1993, entrou no ar a campanha publicitária “Motor Gang” da Bardahl, com uma personagem que os adolescentes punheteiros como eu jamais esquecerão: Drag Car. Depois de chegar ao ápice da fama em 1995, quando foi capa da Sexy (!), Drag Car infelizmente sumiu e vive apenas em nossa porra derramada.
Lá pela década de 50, para tentar nos empurrar mais óleo, a Bardahl criou o Detetive Bardahl e a “Turminha Brava” – não riam. Só na década seguinte, algum gênio teve a ideia brilhante de adicionar uma mulher, a (não riam, estou pedindo) Clarimunda.
Passam os anos. No fim do século, algum quarentão que devia se lembrar da Clarimunda como eu lembro da Drag Car, pensou:
Hmm, por que não trazer a Turminha Brava para a década de 90?
Assim nasceu a Motor Gang.
Link YouTube | O primeiro comercial da campanha apresenta a gangue.
O visual e figurino da Drag Car foi claramente inspirado na Jessica Rabbit, que estourara nos cinemas somente cinco anos antes.
Mas Drag Car tem uma grande vantagem sobre sua musa inspiradora: Jessica não era má (“sou só desenhada assim…”) enquanto ela é claramente uma sexy e perversa femme fatale que destruiria nosso motor (e nossas vidas!) em um piscar de olhos.
Link YouTube | Se é duro pra ela, imagina pra mim.
Foram poucas as divas imaginárias que posaram nuas por aí. Que eu conseguisse descobrir, a primeira foi Radical Chic, na Playboy, em 1993 – mas não foi capa.
A Aline, do Adão Iturrusgurai, uma safada sem-vergonha, apareceu na capa da Revista Simples, em 2000.
E até a dona-de-casa sem-graça da Marge Simpson foi capa da Playboy americana em 2009.
Mas, convenhamos, nenhuma dessas boas moças chega aos pés da femme fatale Drag Car.
Por fim, o melhor: o filme exclusivo da Drag Car.
Link YouTube | O filme da Drag Car.
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