Já começou a campanha Papai Noel dos Correios, uma excelente iniciativa de canalizar o ímpeto consumista para ações de inclusão social.
Com apoio da ONU, a campanha também tem como objetivo desenvolver as habilidades de redação dos pequenos. Para muitos deles, será a primeira carta que escrevem.
Quando fui apadrinhar minha carta, senti que tinha recebido uma correspondência direta de um garoto criado por Bill Waterson.
![Dinossauros são livres, mas não são imunes à psicologia reversa. Dinossauros são livres, mas não são imunes à psicologia reversa.](https://cdn.papodehomem.com.br/wp-content/uploads/2011/12/dinossauro-coziha-620x199.jpg)
Douglas, de cinco anos, de Belo Horizonte, aproveitou a oportunidade para soltar a imaginação e pedir o que ele realmente queria:
![“(...) me chamo Douglas, tenho 5 anos, gostaria de ganhar dinossauros”. E quem não gostaria? “(...) me chamo Douglas, tenho 5 anos, gostaria de ganhar dinossauros”. E quem não gostaria?](https://cdn.papodehomem.com.br/wp-content/uploads/2011/12/douglas.jpg)
Apadrinhei a carta e, viciado que sou em compartilhar nas redes sociais tudo o que acontece, coloquei a carta no Facebook, com a seguinte resposta:
Caro Douglas,
De fato, é uma chatice viver num mundo sem dinossauros. A extinção deles estraga a infância de todos (eu sei bem). É por isso que assumo o compromisso solene de achar um pra te dar de presente.
O retorno que recebi foi muito maior do que imaginava. Choveram propostas de doações de brinquedos, livros e coisas relacionadas a dinossauros. Um grande amigo e cabaneiro-fantasma Tiago Megale criou em pouco tempo um site dedicado à captar todas essas ofertas. Lá, além de recebermos esse tipo de doação, procuramos gerar mais atenção para o projeto Papai Noel dos Correios.
![Quer dinossauros? Então toma! Quer dinossauros? Então toma!](https://cdn.papodehomem.com.br/wp-content/uploads/2011/12/dinossauros-620x465.jpg)
Participo na iniciativa pelo terceiro ano consecutivo. Embora sinta bastante aversão ao consumismo que permeia as festas de final de ano, a energia que surge ao preparar um presente que sai do padrão amigo secreto/natal em família/caixinha dos funcionários é muito intensa.
Claro que um presente só não muda a vida de uma criança carente. Mas não deixa de ser uma oportunidade para o exercício da generosidade e para nos arrancar do auto-centramento, rumo a um mundo de mais oferta ao outro, mais liberdade de imaginação e, por quê não, mais dinossauros.
Se você acha que vale a pena, visite o site da campanha e consulte quais são os locais de apadrinhamento na sua cidade. O prazo é curto para dar tempo de entregar os presentes no Natal. Neste ano, os Correios estipularam a meta de responder a todas as cartas.
Mãos à obra!
publicado em 06 de Dezembro de 2011, 07:10