É estranho quando olhamos para o passado e pensamos nas grandes revoluções. Estudamos na escola suas consequências e refletimos sobre como teria sido viver naquele período, mas quem está vivo agora está prestes a acompanhar a maior delas.

Com o avanço da tecnologia e o desenvolvimento das técnicas de machine learning e inteligência artificial, estamos acompanhando o surgimento da chamada Quarta Revolução Industrial, o ponto onde a sociedade e até o corpo humano tornam-se interligados e influenciados pela tecnologia.

Áreas como inteligência artificial, aprendizado de máquina, biotecnologia e outros ramos da tecnologia já estão e estarão cada vez mais presentes na nossa vida, proporcionando grandes mudanças positivas, mas também trazendo possíveis efeitos colaterais.

O efeito colateral mais poderoso e que pode trazer enormes mudanças na forma como enxergamos a sociedade é o desaparecimento de empregos. Alcançando um ponto onde robôs são capazes de realizar praticamente qualquer trabalho, parecendo não existir limites para sua capacidade.

Com essa perspectiva otimista em relação às máquinas, o que resta para os humanos quando os robôs podem fazer tudo tão bem ou até melhor que os humanos?

Como os empregos vão mudar?

Em 2013 Oxford fez um levantamento sobre a automação dos trabalhos analisando a possibilidade de robôs e outras tecnologias substituírem os humanos. Observando 702 categorias de empregos, descobriram que 42% podem ser automatizadas nos próximos 20 anos.

Quando falamos em tamanha mudança no mercado de trabalho e no processo massivo de automação, muita gente assume uma posição otimista. Acredita-se que a tecnologia tira tantos trabalhos quanto gera, sendo assim, no longo prazo o sistema se estabiliza.

Lembra dele? 

O problema é que não existem comprovações em cima dessa linha de pensamento, pior ainda, é muito improvável que essa ideia seja reproduzida na realidade. Acreditar que surgem tantos empregos quanto são eliminados é uma aposta cega.

Seguindo nessa linha, em outro relatório mais recente, dois economistas americanos sugerem que muitos empregos já se desapareceram, e que é muito improvável que sejam recuperados.

Dado este cenário que nos traz medo e incertezas, o que podemos fazer para não sermos pegos de surpresa num futuro próximo?

A saída é evoluir com a tecnologia

Olhar para o futuro é sempre difícil, mas existe uma estratégia que podemos abraçar para reduzir os riscos e até escapar da extinção das profissões.

O primeiro ponto é observar quais profissões não estão em declínio. Analisar quais profissões já estão se tornando mais raras e com menos ofertas de trabalho, e observar para onde aponta o mercado.

Mesmo caminhando para automatização a demanda para algumas profissões segue crescendo. Num cenário onde tudo é feito através da tecnologia, trabalhar nos bastidores parece ser a melhor saída para renovar a profissão e se manter relevante.

No Brasil, a área de tecnologia possui mais vagas do que profissional capacitado. Uma reportagem de abril de 2018 aponta que existem mais de 15,5 vagas não preenchidas buscando profissionais qualificados.

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A reportagem ainda aponta as áreas de maior necessidade, sendo elas:

  • Internet das Coisas (IoT)
  • Inteligência artificial
  • Robótica avançada
  • Computação em nuvem
  • Blockchain
  • Segurança cibernética
  • Realidade virtual e aumentada
  • Big Data

Outra reportagem de janeiro de 2018 ajuda a reforçar essa ideia. Segundo a Computerworld até 2022 serão geradas até 195 mil novas vagas de tecnologia no país e 3,3 milhões no mundo.

A reportagem ainda traz um dado da gartner apontando que 2020 será um ano decisivo e que oportunidades, principalmente na área de inteligência artificial, devem aquecer o mercado de trabalho

Acompanhando alguns cursos de tecnologia, escolas que preparam profissionais de marketing digital, programação, aprendizado de máquina e inteligência artificial encontram dificuldades em fornecer alunos para o mercado de trabalho.

Existe mais procura por novos profissionais do que gente buscando capacitação.

Confirmei essa informação falando com uma Head Hunter do Mercado de Tecnologia e Mentora da Digital House, a Andrea Tedesco que diz que vive na pele essa dificuldade de encontrar profissionais capacitados. Ela ainda me complementou:

Momentos de crise são ótimos para gente se reinventar. A pergunta que devemos fazer para nós mesmos é:entendendo que a tecnologia é uma realidade, não é o futuro, ela vai escalar cada vez mais –  Como que a gente pode usar ela para se reinventar?

É certo que alguns empregos estão prestes a desaparecer e que a projeção assusta os menos preparados. Mas quando paramos para observar como a área de tecnologia está evoluindo, é possível observar um novo caminho se abrindo e recheado de oportunidades

* * *

Nota do autor: esse artigo é uma parceria entre o Papo de Homem e a Digital House.

Não é novidade para ninguém que o mercado de trabalho e a educação estão mudando drasticamente, enquanto algumas empresas demitem departamentos inteiros, outras se queixam e não conseguirem encontrar mão de obra qualificada o suficiente.

A Digital House surgiu com a proposta de realizar cursos intensos, de curta duração nas áreas que mais demandam de novos profissionais do mercado, como: Desenvolvimento web, Desenvolvimento mobile, Marketing Digital, User Experience Design, Data Science e muitos outros.

Se você procura se reinventar, se atualizar e mergulhar na área que abre diversas oportunidades, da uma olhada nos cursos que a Digital House oferece

Nos próximos 5 meses eu farei o curso de Data Analytics, vou contar para vocês aqui no Papo de Homem como foi o curso, o que aprendi de valioso e se ele vale a pena ou não 😉

Nota do autor 2: Aprofundamos a discussão desse artigo num bate-papo que fizemos na Rádio Geek confere lá 😉

 

Rodrigo Cambiaghi

é especialista em mídia programática, monetização de sites e BI. Reveza o tempo entre filha, esposa, cão, trabalho, banda, moto, games, horta de casa, cozinha e a louça que não acaba nunca.