Ao longo de 2020 o mundo mudou. É óbvio e até redundante dizer isso.

Imagina há um ano atrás trabalha de casa era coisa para poucos e visto até com uma certa desconfiança, como se não fosse tão legítimo quanto um endereço comercial, uma loja, uma fábrica ou um prédio espelhado cheio de escritórios.

A pandemia aconteceu (e segue acontecendo) e, do dia para noite, fez com empresas que não escolheriam por este funcionamento, tivessem de adotá-lo. 

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"A pandemia fez com as empresas pelo mundo entendesse que o trabalho a distância é viável. O desafio é manter equipes alinhadas por meio de processos e tecnologia para colaborar com foco no cliente", destaca Fabio Costa, vice-presidente da Salesforce no Brasil.

Se vários passaram a viver e aprender o homeoffice, tantos outros brasileiros nunca tiveram a opção de fazê-lo. A  estes lhes foi relegado viver a linha de frente da pandemia.

A empresa Salesforce realizou o estudo " Série Global Stakeholder – O Futuro do Trabalho, Agora" e constatou que 52% dos entrevistados dizem que trocariam de emprego se isso significasse que poderiam trabalhar remotamente.

Mas, daria para todo mundo trabalhar de casa?

71% disseram que a opção só é viável para uma parcela da população. No entanto, 57% dos trabalhadores presenciais dizem que conseguiriam trabalhar remotamente se sua empresa oferecesse uma tecnologia melhor

Esses dados mostram que há interesse pelo trabalho remoto por parte dos colaboradores, mas isso esbarra em alguns empecilhos, como a disponibilidade de tecnologia por parte das empresas.

A pesquisa ainda se dedicou a entender como estão as perspectivas de trabalho para os brasileiros: 

Para 89% dos entrevistados o acesso às oportunidades de emprego não está melhorando e quase um terço diz não ter as habilidades técnicas exigidas pelo mercado. De fato, atualmente o Brasil tem mais de 13,1 milhões de desempregados , segundo dados do IBGE. Como resultado dessas percepções 57% dos brasileiros estão considerando obter outra formação.

E qual o papel da empresa diante deste cenário?

Buscando entender como os brasileiros veem a crise e possibilidades de saída dela: 75% acreditam que o desenvolvimento da força de trabalho deve ser uma prioridade das empresas, 76% dos entrevistados dizem que é crucial que seu empregador retribua à comunidade e  77% deles dizem que a tecnologia deve desempenhar um papel essencial nesse processo.

A importância do compromisso social das empresas:

Entre os entrevistados no Brasil, 82% confiam nas empresas para construir um futuro melhor. E para 70% deles, a diminuição das desigualdades globais deveria ser a grande prioridade para as empresas.

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Esses números mostram a grande confiança dos brasileiros nas empresas, principalmente se comparados aos dados relacionados ao setor público: 55% dizem não confiar nos governos para construir um futuro melhor.

"Os negócios devem ser uma plataforma para mudança e isto é o que a sociedade espera. Além de posicionar produtos e soluções, as marcas precisam engajar seus públicos para apoiá-los neste momento e contar como impactam", destaca Fabio Costa.

Aprendizagem online gera interesse no Brasil, porém há obstáculos

Entre os entrevistados, 71% relataram estar mais interessados em aprendizado e treinamento online desde o início do isolamento social. Mas esse tipo de ensino esbarra em questões como o acesso à internet e a um computador, além da questão financeira para arcar com os custos de um curso.

A pesquisa aponta que 84% dos brasileiros gostariam de ter acesso gratuito a plataformas de capacitação, mas 50% se dizem nervosos demais para buscar o aprendizado online neste momento. Este índice que aumenta para 55% entre pessoas de baixa renda.

Já um terço das pessoas ouvidas acredita que este modelo de aprendizagem é muito difícil para elas.

Habilidades exigidas estão aumentando

Com a evolução constante nos formatos de trabalho, as habilidades exigidas pelos empregadores também estão mudando. Para os brasileiros, as habilidades mais importantes nos próximos seis meses serão adaptabilidade e colaboração, ambas apontadas por 96% dos entrevistados. Em seguida aparecem criatividade (95%) e habilidades comerciais (93%).

Já quando perguntados sobre as habilidades técnicas essenciais nos próximos seis meses, as respostas foram: análise de dados (93%), codificação/desenvolvimento de aplicativos (92%) e ciência de dados (91%).

Vamos abrir uma conversa nos comentários?

Tem tantos pontos, perguntas e desafios importantes que despontam dessa mudança nas dinâmicas do trabalho que queremos abrir uma grande troca de experiência e de opiniões aqui nos comentário.

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Redação PdH

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