Lá nos anos 70, Sharon Jones era apenas uma cantora de apoio para gravações de bandas que tocavam funk e soul nos Estados Unidos. Nasceu no sul do país, na Georgia, e ainda menina foi-se para Nova York. Sempre cantou bem, mas nunca deram chances pra pequena tentar uma carreira pois, como ela sempre diz em suas entrevistas, a achavam muito negra, muito baixa e muito gorda. O azar foi deles.
Participei, ontem de manhã, de um café na BMW. A cantora também estava lá, já que é uma das estrelas que tocarão, nesse final de semana, no BMW Jazz Festival.
Sharon ficou aproximadamente uma hora, batendo um papo com as 20 pessoas que lá estavam. Respondeu com muita simpatia as perguntar que lhe fizeram, de como começou a carreira, de como concilia trabalho e família, sobre as composições de seus discos e, quando perguntei se ela preferia os grandes shows ou os pequenos clubs, disse: "A única coisa que eu odeio nos grandes festivais são os banheiros químicos. De resto, adoro as grandes platéias tanto quanto a boa ambientação dos clubs".
Seu sorriso solto foi a melhor coisa do evento. A conversa seguiu por um caminho muito gostoso justamente pela cantora que contava ótimas histórias, todas de maneira bem cativante. No final, claro, ganhei seu último disco, devidamente autografado, e um baita abraço bom da tiazinha que, no palco, é puro soul.
Hoje eu estarei lá, no BMW Jazz Festival, pra ver o show e os sorrisos da Sharon Jones.
publicado em 11 de Junho de 2011, 08:00