O gnocche, também deliciosamente abrasileirado para nhoque, reside no glorioso panteão das avós.

Ele está lá ao lado dos bolos de fubá e de milho, do café mais doce que o mundo pode proporcionar, dos apertos nas bochechas e dos cabelos brancos emoldurados com laquê.

Reza a lenda que São Pantaleão, então vestido de andarilho, certa vez parou numa casa modesta para pedir um prato qualquer e foi servido com sete massas de nhoque. Seria um dia 29 de dezembro. Vem daí a tal lenda do nhoque da fortuna.

Mais certo que qualquer simpatia é que o gosto pela massa de batatas se perpetuou. Domingo, mesa farta, conversas aos berros à mesa e, claro, manchas de molho de tomate na camiseta.

Você já sabe fazer arroz, feijão sem usar a panela de pressão e até ceviche. É chegado então o momento de dar um passo adiante nos seus dotes culinários. O mais legal é que você não precisa mais sentir falta da sua amada velhinha. Quando quiser bancar o italiano, basta correr para a cozinha. Tudo com o crivo do chef Renato Carioni, do restaurante Cosi.

Então, chega de preguiça, cazzo.

Para a massa, você vai precisar de:

  • Batatas asterix. Sim, é esse nome mesmo. Como ela tem mais amido, você não precisa gastar farinha para três gerações
  • Farinha de trigo (metade do peso da batata. Então, se fizer meio quilo de batatas, quer dizer que você precisa de 250 gramas de farinha)
  • Queijo ralado

E no molho vai:

  • Azeite
  • Cebola roxa cortada em julienne
  • Tomate cereja cortado ao meio
  • Azeitona preta sem caroço
  • Alho picado
  • Manjericão
  • Sal

Modo de preparo

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Dicas

  • Corte as batatas em pedaços pequenos e cozinhe com sal. Amasse a batata com vontade contra uma peneira. Assim a massa fica mais uniforme e bonitona
  • Ah, nunca misture a farinha com a batata ainda quente. Espere pela massa esfriar
  • Água sempre fervendo para cozinhar a massa. Quando começar a boiar, ele está pronto


Mangia que te fa bene!

Ilustradora, engenheira civil e mestranda em sustentabilidade do ambiente construído, atualmente pesquisa a mudança de paradigma necessária na indústria da construção civil rumo à regeneração e é co-fundadora do Futuro possível.

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