Porque estamos emburrecendo. Estamos levando a sério demais o caráter apolíneo do mundo. Cada dia que passa criamos mentiras cada vez mais elaboradas para manter nosso statu quo.

Viver no caos nos ajuda a recuperar a alma perdida, nossa chama dionisíaca; nos ajuda a fazer as perguntas certas, a pensar diferente. Nunca fomos tão homogêneos, tão pasteurizados, tão assépticos. 

Ninguém mais parece querer pagar o preço de viver seu destino e pensar por conta própria. Estamos sempre em busca de uma confirmação nos outros, o que para mim é o oposto da criatividade. E o caos nada mais é que isso, ser criativo.

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Caos é renunciar aos gurus, aprender com o que está à margem, ir contra a maioria. A maioria SEMPRE vai estar errada, pois buscam viver de acordo com as regras, obedecer, aceitar e acatar. Viver no caos é viver no relativo, buscar alternativas, repensar o que parece certo. Viver no caos é entrar no fluxo da vida: incerta, imperfeita, finita e sem controle.

SER do mundo, FAZER o mundo, e não simplesmente ESTAR no mundo. Fodam-se os objetivos. A gente precisa a reaprender a enjoy the ride.

Se não for assim, melhor ir para a fila do abate.

Via One Question Interview, do BitPapo. Entrevistas disruptivas de uma única pergunta. Isso, uma só.

Crédito imagens: dinosonic

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