"Uau, que música linda!"
Essa foi a minha reação ao ouvir os primeiros segundos de Vicente, do disco Divina Graça, de Bruno Capinan. Uma música que carrega energia, tem a tensão e a força necessárias pra te manter atento, ouvindo cada linha da letra.
Link Youtube | Vai, ouve aí.
Aliás, vale ressaltar que as composições trazem todo o hermetismo que o Jorge Ben tinha nos dias áureos, certamente com menos de guitarra e suíngue, mas com um certo pé em 2017, ou seja, trazendo de uma forma velada os temas que tanto falamos no dia a dia, como igualdade de gênero e racismo.
Ali tem amor, suor, referências ao candomblé, a Salvador, ao Rio. É um disco nordestino, feito por um homem nordestino, negro e gay. É um belo álbum, mas também é um ato de representatividade.
Segundo Capinan, “é para ser ouvido com alma leve, que entre pelas janelas como a brisa do mar da Bahia”.
Vale muito prestar atenção e curtir cada detalhe, por que é feito com esmero, dá pra sentir. Está no repeat aqui.
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