“While preachers preach of evil fates | Enquanto pregadores pregam sobre destinos maléficos
Teachers teach that knowledge waits | Professores ensinam que a espera por conhecimento
Can lead to hundred-dollar plates | Pode levar a pratos de cem dólares
Goodness hides behind its gates | Bondade se esconde atrás dos portões
But even the president of the United States | Mas até o presidente dos Estados Unidos
Sometimes must have | Às vezes tem que
To stand naked. | Ficar nu.”

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Eis que, décadas após escrever estes versos, Bob Dylan praticamente pega o presidente com as calças nas mãos. Certo, não em termos literais, porém, ele deu a última cartada, com toda certeza.

Após ser considerado o príncipe da revolução, durante os anos 60, no auge do movimento hippie e toda aquela loucura contracultural, Bob Dylan vai parar no iPod do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Mais do que isso, vai tocar na Casa Branca e, ao contrário de todos, não dá a mínima. Sai de lá do jeito que entrou. Calado.

Nenhuma pose para fotografia. Nenhum abraço. Apenas um sorriso amarelo, um aperto de mão e até logo. Esta foi a interação entre eles.

Não é todo dia que dois seres mitológicos se cumprimentam.

Obama, em entrevista à Rolling Stone americana, também contou sobre seu gosto musical. Há espaço em sua tracklist para Jimmi Hendrix, Stevie Wonder, Rolling Stones, Miles Davis, John Coltrane e até Lil Wayne ou Jay-Z. Distorção, plenitude, rebeldia, virtuose, classicismo e alguma dose de inovação.

Influenciado por suas filhas, Malia e Sasha, Obama mantém-se informado sobre as novidades, enquanto mescla clássicos do rock, ópera, jazz e blues.

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Bob Dylan tinha razão: até o presidente dos Estados Unidos às vezes tem de ficar nu.

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Luciano Ribeiro

Cantor, guitarrista, compositor e editor do PapodeHomem nas horas vagas. Você pode assistir no <a>Youtube</a>