Por que estamos falando de BBB? Porque estas frases e estas situações não acontecem só por lá:

“Eu não gosto de assumir nada que eu sinto”

“Eu não sei lidar com sentimento direito”

“Carla, você sabe que eu sou assim! Eu sou um burro, chucro mesmo e eu tenho dificuldade.”

Quantos já sentimos estas coisas? Ou ao menos, vimos outros homens falando coisas assim?

Assista ao vídeo para entender o contexto completo da conversa:

Está tudo bem em admitir que se tem dificuldade com algo – para lidar com sentimentos, para se abrir … E também seria aceitável pedir ajuda para isso. O que não está nada bem nesta situação como um todo é usar essa dificuldade para justificar nossa falha (para nos colocar como vítimas de “bloqueio”) e deixar nossos problemas transbordarem sobre os outros, causando sofrimentos a quem nos rodeia, a quem amamos.

Não estamos aqui para dizer quais sentimentos do Arthur são verdadeiros e quais são atuados. Supondo sinceridade, até quando deixaremos que nossos “bloqueios” machuquem as mulheres a nossa volta para então alegar “Eu sou assim mesmo” ou “eu não sei ser diferente”..

Até quando vamos usar nosso fechamento emocional como álibi para continuar agindo sem responsabilidade afetiva?

O que tem acontecido no BBB: 

Arthur Picoli tem tratado Carla Diaz de maneira irresponsável: ele se aproxima em dados momentos, mas se afasta sem dar explicações. Quando ela tenta entender a situação, ele diz ter bloqueios, dificuldades e não se abre além disso…

Ele não declarou não querer mais estar com ela, mas a trata com indiferença por determinados períodos. Não assume que quer se afastar, nem se compromete a estar próximo. A atriz falou diversas vezes sobre seus sofrimentos na tentativa de se aproximar do rapaz e de tentar ajudá-lo com os bloqueios dele. Nestes momentos ele passa a se afastar dela.

Leia também  Abbey Road, lendário estúdio dos Beatles, abre suas portas para você

Quando ela decide cortar contato, ele volta (na cena apresentada) se dizendo apaixonado e, em outra cena, ainda a beija forçadamente, não dando espaço para que ela diga “não”.

* * *

A intenção aqui não é dar um veredito sobre o Arthur, mas olhar para nós mesmos, para como nós reproduzimos estes comportamentos e então pensar: “como trocar a justificativa do “eu sou assim”, “eu tenho bloqueios”, “eu não consigo”, pela nossa responsabilidade e compromisso verdadeiro com a mudança?

Qual é o outro caminho possível:

Ao identificar que você tem uma dificuldade, entenda que esta dificuldade é sua, e que é da sua responsabilidade lidar com o problema, superá-lo, pedir ajuda quando possível, sim, mas nunca despejando o fardo e o sofrimento sobre outras pessoas, principalmente sobre as mulheres da sua vida. 

Se esse bloqueio emocional também faz mal para você, se você não quer continuar neste ciclo e se você diz que quer mudar… MUDE. 

Se engaje de verdade nesse processo, procure grupos de homens, psicoterapia, escute sua companheira, não fuja das conversas difíceis, abra o jogo por mais que doa, e, sobretudo coloque em prática, com ações, dia após dia, seu compromisso com a mudança. 

Topa assumir esse compromisso com a responsabilização e mudança? Vamos juntos

Redação PdH

Mantemos nosso radar ligado para trazer a você notícias, conversas e ponderações que valham o seu tempo.