Adultério é coisa que existe há milênios, tanto que os primitivos sistemas morais e jurídicos já tratavam do assunto. Razão pela qual não se pode dizer que o fenômeno é moderno e que a responsável é a suposta permissividade hodierna.

Por outro lado, o fato de sempre estar presente nas diferentes culturas não tornou a prática aceitável ou menos condenável aos olhos de muitos.

A Internet levou as relações interpessoais a um nível totalmente novo – relações de todas as espécies: amizades, brigas, intrigas, amores, ódios… e também as traições. Vimos surgir até uma nova modalidade, a traição virtual.

Nesse sentido, é inegável o papel que as redes sociais desempenham. Imagino que a maioria esmagadora dos leitores aqui participem ou já tenham participado de alguma dessas redes; estou certo também de que ou já viveram ou já viram acontecer tanto uniões e amizades, quanto brigas e términos nascidas em virtude das interações nas redes sociais.

Ora, se na internet há tanta coisa dividida por nichos – o PdH, por exemplo –, por que não uma rede social que atenda a essa demanda? Certamente pensando nisso, agora surge a Victoria Milan: uma rede social para a traição.

Particularmente, por uma série de razões, penso que o projeto está fadado ao fracasso, mas isso é outro assunto.

Na verdade, nem sei direito por onde começar, não porque eu ache a traição algo abominável – não acho, embora considere antiético. É que as questões éticas que me ocorrem são várias. Portanto, prefiro deixar a discussão rolar nos comentários.

O que vocês acham?

Aos homens que atualmente estão com relações paralelas, pergunto: facilitaria se existisse a versão brasileira dessa rede para você achar a sua próxima amante mais facilmente? (Para responder anonimamente basta dar log out no sistema de comentários).

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Danilo Freire

Advogado que não lida bem com prazos. Estudante de Filosofia que tem déficit de atenção. Cadeirante, era ruim em matemática, calculou mal um mergulho e desde então <a>é tetraplégico</a>. No Twitter