Imagine-se hospedado num resort de uma ilha paradisíaca, sendo atendido apenas por loiras maravilhosas, desde o voo para a ilha até a camareira do quarto. Se você imaginou, gostou e acha que deveria ser realidade, tem algo errado.

Uma empresa da Lituânia decidiu construir um resort em uma ilha do arquipélago das Maldivas, no Oceano Índico, e contratará somente loiras. O nome é Olialia, uma grande empresa que atua em setores diversos de tecnologia, alimentação e cultura. Nas empresas já existentes e pertencentes a esse grupo, todas as funcionárias são loiras.

A justificativa da diretora da Olialia, Giedre Pukiene, é que a empresa quer romper o estereótipo de que as loiras são burras:

“Nossas garotas são muito inteligentes e formadas. Todas elas querem fazer algo com suas vidas. Elas tem muitas ideias de negócios.”

A dona da empresa: a propaganda é da bebida ou do “Blond way of life”?

Brincar com o imaginário das pessoas que tem fetiches por loiras é uma coisa, mas transportar isso para a realidade já chega a beirar o absurdo. Além da falta de ética em relação aos trabalhadores de maneira geral, uma atitude dessa só gera mais segregação na sociedade, sobretudo na Europa, que já tem um histórico bem sujo sobre esse tema.

Além disso, as fotos das propagandas, de todos os produtos da empresa, mostram loiras sensuais, que chamam muito mais a atenção do que os próprios produtos. Mais uma jogada de “marketing” para vender o turismo sexual na região do Báltico.

A empresa tem um banco de dados com 20 mil loiras e planeja uma festa para entrar no Guinness.

Esconder o racismo e o turismo sexual atrás de uma causa de “Mostrar como nossas loiras são inteligentes” é me chamar de burro. É lamentável existir algo dessa natureza em pleno século 21.

Fonte: UOL.

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Link YouTube | Olha só um vídeo produzido por elas.

Danilo Scorzoni Ré

Engenheiro Florestal, amante da natureza e de ecoturismo. Apesar de ambientalista, não gosta de eco-chato e ainda acredita na capacidade do ser humano em promover um futuro melhor. É <a>@dscorzoni</a> no Twitter."