De repente futebol virou questão de família.

Neymar teve seu “Dia do Fico” e decidiu permanecer no Brasil. Na sequência, o pai e a mãe dele se tornam personagens frequentes nas notícias sobre o Peixe.

No olho do furacão.

Manda o técnico tomar no cu após ter uma cobrança de pênalti negada. O Santos emite comunicado oficial repreendendo mas reafirmando apoio incondicional ao atleta.

Dorival bate o pé para barrar Neymar no clássico contra o Corinthians.

A diretoria demite Dorival. O Santos perde – e aqui faço questão de frisar que gostei de ver os caras se darem mal, seria péssimo para o cenário esportivo ver uma diretoria agir de forma tão idiota e ser “recompensada”. Vergonha desse time.

Mano Menezes não convoca Neymar para a seleção e arremata:

Não queremos ser mais realistas do que ninguém, e nem mais duros do que ninguém. O futebol brilhante dos últimos meses deve ser a marca fundamental de um jogador talentoso como o Neymar. Se isso voltar a ser a regra, ele será novamente chamado. A volta do Neymar vai depender dele. Espero mesmo que seja circunstancial essa fase.

Bravo!

Dorival, sem arrependimentos, assume um Galo em dificílima situação na tabela do Brasileiro.

Neymar (@njr92) fica aí, dando pitis com seu moicano crista de galo e ocupando o Twitter com o #neymarfacts. A imprensa hora bate, hora assopra, incongruência natural. Daqui a pouco dor de barriga dele vai ser capa do EGO. Outro dia esbarrei com artigo sobre o choro de sua mãe, pós indisciplina perante o técnico Dorival Júnior e o capitão Edu Dracena. Porra. Portais de esportes ganhando ares de novela das 8.

Fica então a pergunta: como se coloca um moleque de 18 anos, avaliado em R$80 milhões, “de castigo”?

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Guilherme Nascimento Valadares

Fundador do PDH e diretor de pesquisa no Instituo PDH.