Lembram-se de quando o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, acabou se descontrolando e e agrediu um manifestante inconformado?

Pois então, agora foi a vez do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, perder a compostura com uma moradora, quando ela se manifestou sobre as condições do bairro onde mora.

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Quando a moradora argumentou que ela e os demais só moram naquele lugar porque não têm condições de ter “uma moradia digna”, o prefeito responde:

“Minha filha, então morra, morra!”

Na sequência, após um breve bate-boca, Amazonino pergunta de onde ela era, ao que responde que vinha do Pará. Eis a réplica dele:

“Então pronto, tá explicado…”

Depois disso dá as costas e aparentemente sai andando.

O que me chama a atenção é que nas duas situações os cidadãos se mostram desesperados. Não que isso justifique o modo como agiram, na verdade nem faço qualquer juízo a seu respeito, mas a questão que me vêm à cabeça é se um político pode se dar o direito de reagir e responder a um cidadão visivelmente abalado e fragilizado da forma como os prefeitos fizeram.

No caso de Amazonino há um agravante: não foi apenas grosseiro, ao menos aparentemente demonstrou um quê de preconceito regional.

E aí, o que acham, senhoras e senhores?

Atualização (23/2/11):

Como não poderia ser diferente, a notícia correu o país e foi veiculada por todos os meios de comunicação, provocando as mais diversas reações. Algumas sérias e oficiais, como a nota divulgada pelo Governo do Estado do Pará, repudiando o fato.

Outras, informais e irreverentes, como o joguinho Negão Fighters, criado em flash pelo artista @fabianom. A brincadeira combina elementos dos conhecidos Street Fighter (cenário e música) e Mortal Kombat (Fatality).

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Danilo Freire

Advogado que não lida bem com prazos. Estudante de Filosofia que tem déficit de atenção. Cadeirante, era ruim em matemática, calculou mal um mergulho e desde então <a>é tetraplégico</a>. No Twitter