Sempre ouvimos aqui no QG que o PdH é um espaço onde pessoas, ideias e sentidos se cruzam.
Quando ouço isso, eu visualizo uma praça de uma cidade interiorana.
Uma praça onde que Flavio Morgenstern fica de boca aberta com Bárbara Evans, que passa nua em pelo – ou melhor, nua sem pelo. Nesta praça, há um coreto de onde David Guetta leva Natacha Orestes à loucura com seu som. Longe da algazarra, Bruce Lee, Julia Johansen e Alberto Brandão treinam socos e chutes ao ar livre. Perto dali, Gustavo Gitti e Fred Mattos confabulam sobre homens como Felipe van Deursen e eu, machos mais preocupados em seduzir Carolina Portaluppi, a filha do “trator” Renato Gaúcho. Principalmente nesta praça, onde ela passeia de mãos dadas com Fred Fagundes.
É assim que vejo o PdH. E todo mês esta praça se enche de novos personagens e novos pensamentos.
Em dezembro, a praça ficou tão cheia, mas tão cheia que bateu um recorde histórico: tivemos mais de 1,7 milhão de visitas, sendo que 200 mil foram apenas no dia 28. Ficamos felizes e imaginamos: quando teremos de reformar e ampliar esta praça?
Dos 95 textos publicados no último mês, estes foram os 10 mais acessados e a escolha do editor.
1. Desafie seus amigos
Gustavo Gitti, homem de poucos amigos, fez um ensaio sobre os benefícios de você puxar seu bróder para além dos limites, da zona de conforto.
Nós fugimos o tempo todo das áreas que não dominamos, dos mundos nos quais nos sentimos desconfortáveis, dos locais que nos assustam, das situações que não podemos controlar, de tudo aquilo que evidencie nossos obstáculos e coloque em cheque nossas certezas. Sem alguém para nos empurrar ao abismo, sem alguém para apontar ansiedades, apegos, aflições, medos, orgulhos, preguiças, sem ajuda genuína, dificilmente vamos conseguir andar melhor.
2. Não acredite em mim. Eu só quero te seduzir
Felipe van Deursen estreou no PdH escrevendo sobre algo que entende: verdades e mentiras. O jornalista teve de ficar 50 dias sem mentir para fazer uma reportagem e aproveitou o período para aprender se mentir vale a pena no jogo da sedução.
Se o ato de chegar em uma garota, o xaveco em si, é o fim e não o meio, vale tudo. Para um adepto da paquera esportiva – que é o mesmo que pesca esportiva: você fisga, mas não come –, pouco importa se a pessoa na frente dele é uma versão local da Eva Green ou uma sósia da Angela Merkel mal-humorada. O cara está interessado é em sua própria lábia, em seu ego, em como as palavras saem de sua boca safada e resvalam em ouvidos que podem estar ou não ouvindo.
3. 5 DJs que você deve ver ao vivo
Natacha Orestes, mulher com quem eu nunca esbarrei nas casas de forró que frequento, listou os DJs mais fodões para qualquer fã de música eletrônica acompanhar ao vivo.
O número de amantes de música eletrônica cresceu de modo considerável nos últimos anos. A arte, especialmente no Brasil, evoluiu e profissionalizou-se. Os tempos são outros. Ainda assim, muitos veteranos reclamam do modismo que ronda as pistas. Compreensível. Esse gosto, antes de popularizar por aqui, era tido apenas como peculiar e exclusivo. Mas isso é ótimo, afinal, hoje podemos ser atingidos por um artista foda em um bom festival de música — eletrônica ou não — ou em pesquisas em fóruns, sites e redes sociais.
4. Manual compacto de como foder por completo uma discussão na internet
Flavio Morgenstern, que não tem muito saco para discussões sem fundamentos, resolveu colocar no papel formas de destruir conversas sadias na internet.
Toda discussão em fóruns de internet e comentários de blogs segue o mesmo script: 1. começa com alguém criticando o texto original pela sua parcialidade e/ou pelas ligações do autor com CIA, maçonaria, bruxaria e alienígenas; 2. em seguida, o sujeito dá um escorregão para um festival de lugares-comuns. Para evitar um altíssimo esforço sináptico da próxima vez em que alguém for tentar foder de verde e amarelo uma calorosa e saudável porradaria virtual, temos aqui um singelo e bem ilustrado manual de retórica chonga for dummies. Ele é a cartilha de um curso que pode se estender ad infinitum.
5. Pra que seduzir se você pode cutucar?
Eu, que pareço legalzinho no Facebook mas sou chato pra caralho na vida real, escrevi sobre a dificuldade de se surpreender e conquistar uma mulher em tempos de internet, quando todos sabem tudo de todo mundo.
Somos o que lemos, ouvimos, assistimos, comemos. (Na verdade, somos mais que isso. Mas por meio de nossos gostos é possível fazer um retrato – ainda que em cores opacas e imperfeito – de como nos comportamos, de como pensamos a vida.) Cada gosto, traço da personalidade da menina descoberto pelo homem era uma peça encaixada no quebra-cabeça. Um quebra-cabeça que todo homem adepto da boa sedução adoraria passar a vida completando, peça a peça. Assim, seduzir era matar um leão por dia, amigo. E era uma tarefa deliciosa. Você se encantava por uma garota e, em seguida, o que mais desejava era passar as horas descobrindo cada polegada da mulher. Este tempo acabou. Pelo menos é o que dizem.
6. Bruce Lee | Homens que você deveria conhecer #23
Alberto Brandão, o dragão do PdH, perfilou o mestre das artes marciais Bruce Lee e revelou alguns pontos interessantes de sua vida, como a teoria de que teria morrido por causa da máfia chinesa.
Quando falamos em Bruce Lee, logo pensamos em seus vários filmes. Não é raro encontrar pessoas que acreditam que Lee foi apenas um ator, desconhecendo completamente seus feitos e influencia para o mundo das artes marciais. Talvez nenhum homem tenha mudado tanto o mundo da luta como Bruce Lee fez. Nunca se limitando ao universo do Kung Fu, demonstrava grande interesse em várias outras artes. Aos 18 anos entrou para um torneio de Boxe, derrotando o campeão que estava invicto por três anos. Bruce Lee foi o primeiro a agregar várias artes marciais, utilizando apenas o que era eficiente em cada uma, transformando-se em um lutador mais eficiente.
7. Conheça Julia Johansen
Alberto Brandão nos apresentou uma moça que resolveu abrir mão da vida ociosa e combater os quilos a mais praticando lutas. Um texto realmente inspirador.
Julia era assim, exatamente como você: viciada em séries de televisão e bem acima do peso que gostaria de estar. Tinha um amigo de escritório que treinava Judô e acabou combinando de experimentar uma aula. Morando na Coréia, seu amigo não queria que ela fosse sem ele. O professor não falava inglês e ele estava frequentemente adiando a visita dela por problemas pessoais. Foi então que ele recomendou uma escola onde tinham vários estrangeiros, mas era para ela treinar Jiu-Jitsu.
8. Filha do Renato Portaluppi “Gaúcho” | Parte 2
Fred Fagundes, que tem olhar de lince para as novas promessas do futebol e do onanismo, lembrou que a o matador Renato Gaúcho tem uma filha. E que ela, de menina fofinha, se tornou uma linda mulher.
Certa vez disse Renato Gaúcho para a Revista ESPN: “Tem que bater ponto. Tem que garantir no gramado. Lá fora, o jogador faz o que quer. Mas dentro de campo, tem que jogar bola e ele ganha bem pra isso. Eu saia? Saia. Mas domingo a torcida gritava meu nome (…) Alerto que o que muitas mulheres mais querem hoje em dia é engravidar de um jogador de futebol. Mas tem que passar o trator. Elas querem dar, tem que comer.” Pois bem. A filha de Renato Portaluppi, Carolina Portaluppi, cresceu.
9. Bárbara Evans na Playboy: implicações porno-filosóficas
Flavio Morgenstern resolveu se emaranhar em um assunto cabeludo. (Ok, chega de piadinhas de duplo sentido.) Ele falou da falta de pelos da filha de Monique Evans na Playboy de dezembro e aproveitou para fazer um tratado dos pentelhos femininos.
É cada vez menos conhecida a equação de que servir café em copo de plástico a um homem destrói dois terços de sua capacidade sexual (ao queimar os dedos e a língua), visto que cada vez menos homens possuem qualquer remota capacidade de agradar uma mulher com a língua (em qualquer sentido possível). Bárbara Evans pode ser um prenúncio duplo de que, por mais que avancemos na trocação e mostração das partes, ainda carregamos em cada passo dado adiante um retrocesso absoluto na formação de uma foda competente e satisfatória. Elas salvam ainda mais casamentos.
10. Quanto vale a palavra de um homem?
Frederico Mattos, que sempre traz um pouco de luz para este quartinho escuro que é a mente masculina, falou da necessidade de um homem aparentar ser exatamente aquilo que ele é, sem falsear comportamentos.
Quantas vezes você já foi surpreendido por pessoas “sem palavra”? Juravam de pés juntos que cumpririam sua palavra e, na hora da ação, recuavam sob a alegação de impossibilidade ou “força maior”. Há homens não pontuais, com quarto bagunçado, vida financeira desonesta, promessas de amor mentirosas e pactos não cumpridos. Você já deve ter conhecido alguém assim. E, pior, já deve ter sido assim. Ou ainda é. Qual a credibilidade que um homem assim dá a si mesmo?
A ESCOLHA DO EDITOR: Trilogia “Aids desconstruída”
Atila Iamarino, editor do Science Blogs Brasil e autor do Rainha Vermelha, fez três artigos completos, apesar da escrita simples, sobre um dos temas mais espinhosos dos nossos tempos: a Aids. A intenção de cada um dos textos é desmistificar a doença e acabar com ideias falsas sobre a síndrome da imunodeficiência adquirida. O primeiro tratou do mito de que a Aids foi criada para acabar com gays. O segundo pôs fim ao pensamento de que se trata de uma doença exclusiva dos negros. O terceiro esclarece o motivo de a ciência ainda não ter uma vacina contra a Aids. São textos curtos, claros e imprescindíveis para todos, especialmente jovens que estão no começo da vida sexual e que se encarregarão de acabar com preconceitos baratos e mentiras sobre a doença no futuro próximo. Pelo menos é o que esperamos.
Dos 13 artigos acima (os 10 textos mais lidos em dezembro e os três sobre a Aids), quais você mais gostou? E, cá entre nós, quais achou uma porcaria?
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