O mundo não vai acabar em dezembro, fique tranquilo. Mas, só por via das dúvidas, decidimos que tornaríamos 2012 o período mais foda das nossas vidas de qualquer maneira. Vai que?

Essa série de relatos já teve quatro partes, que contaram com as participações de Jader Pires, euRodrigo Cambiaghi, Felipe Ramos, Fred Fagundes, Roberto del Grande, Julia Ropero, Lucas Lemos e Rodolfo Viana.

Essa é a última parte. Esperamos que tenham gostado, se inspirado e decidido alguma coisa.

1. Luciano Ribeiro e a ação

Meu maior problema sempre foi ser meio “ok, quando surgir uma oportunidade, eu vou”. O resultado disso é que, por anos, não ocorreram grandes milagres.
Vi alguns amigos começarem atividades nas quais já estava envolvido de alguma forma, darem continuidade e se desenvolverem, enquanto eu ficava meio encostado, esperando que uma mágica acontecesse.
Em 2012 meu desafio é fazer as coisas acontecerem. Ano passado dei alguns passos importantes. Iniciei projetos, coloquei alguns tijolos nessas construções, mas ainda preciso fazer mais. Falo bastante sobre beneficiar as pessoas, ajudar os outros, agir, mas sei que faço bem pouco.

Clichês servem para ser repetidos (preferencialmente com estilo)

Por isso, os planos são de tornar este um ano de ação. E a materialização disso, espero eu, se dará em mais textos para o PdH, mais músicas gravadas, mais apresentações e mais ações para tornar as vidas das pessoas um pouco mais felizes.
Se antes eu achava que minhas habilidades não eram muito úteis, hoje tenho a convicção de que é possível utilizá-las produtivamente, para além do “preciso ganhar dinheiro para pagar minhas contas”. E é isto que vou fazer.

2. Alex Castro e o fim da tempestade

Este 2011 foi um dos anos mais bizarros e decisivos da minha vida.
Comecei o ano morando em Nova Orleans, fazendo doutorado em literatura, escrevendo minha tese e dando aula de português e espanhol pros gringos. Termino o mesmo ano morando em Ipanema, no Rio, minha querida cidade natal, ainda tentando terminar a minha tese, traduzindo pra uma grande editora brasileira, trabalhando de editor pro PapodeHomem.
Incrivelmente, foi um ano em que muito aconteceu e, ao mesmo tempo, um ano em que pouco aconteceu.
Durante todo o primeiro semestre, tive que colocar minha vida em suspenso enquanto fazia um mega trampo que basicamente pagou minha mudança e minha reforma. Não fiz mais nada a não ser trabalhar, trabalhar, trabalhar.
Durante todo o segundo semestre, recém-chegado ao Rio, tive que colocar minha vida em suspenso enquanto procurava apartamento e depois reformava o meu, trabalhava em dois empregos e, ainda por cima, começava um namoro muito intenso e absorvente. Também não tive tempo para mais nada. Mal consegui ver amigos e família.
Agora, acabou tudo.

Hora de voltar a navegar

Acabou aquele trampo, acabou o namoro, acabou a reforma. Olho pra frente e estou só. No meu apartamento, com meu trabalho, com meu cachorro. 2011 foi um ano louco de preparação, 2012 vai ser o ano da vida voltar aos eixos.
Meus planos são prosaicos: ganhar a vida traduzindo literatura e editando o PapodeHomem; terminar logo minha tese de doutorado; dar continuidade ao meu romance Cria da Casa; meditar todo dia no templo zen. Essas coisas. Uma vida normal no Rio. Pra mim.

3. Felipe Franco e a dominação da América do Sul

Sou mais um dos que teve a vida virada de cabeça para baixo pelo PdH: aos 26, deixei a casa da mamãe rock’n’rollpara aprender a morar sozinho, larguei um trampo estável e bem remunerado de 7 anos, comecei um plano de dominação mundial e vi que existe vida sem quatro rodas.
Nunca tive grandes dificuldades na vida. Mesmo não nascendo em berço de ouro, sempre tive mais sorte do que merecimento. Todos os meus problemas foram sempre resolvidos de formas fáceis e inusitadas. Mas acredito que nem por isso eu tenha me tornado um cara acomodado.
Odeio ficar parado, vendo o mundo girar sem eu estar fazendo nada, e em 2011 eu procurei desafios. Felizmente, consegui realizar todos do meu jeito e sem grandes dificuldades.
Para 2012, então, o plano é conseguir manter e melhorar tudo o que conquistei em 2011; ter uma casa onde eu possa recebem bem os amigos, as pequenas e a família; e terminar minha segunda faculdade e minhas incríveis 14 DPs.
E, claro, continuar o plano de dominação mundial! Depois de conhecer os Incas, agora vou atrás dos Maias e dos Astecas. De bônus, ainda gostaria de aprender a tocar gaita e cuidar melhor do meu corpo — nada muito impossível, mas para traduzir do meu jeito o que eu quero dizer, eu criei o pôster abaixo.

Se essa porra acabar, eu quero estar sorridente, com os amigos e com uma garrafa de whisky. Que venha 2012!

Não perca seu objetivo de vista

Seja do celular, do tablet, do computador ou do notebook, a verdade (infeliz?) é que a maioria de nós passa a maior parte dos dias olhando para uma tela.

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Então, que lugar seria melhor para deixar o seu objetivo para 2012 estampado? Foi isso que pensou o designer Chris Streger ao criar o Projeto To Resolve, um site onde ele e artistas convidados publicam papéis de parede para telas diversas, com as vontades mais populares traduzidas em belas ilustrações.

Entre lá, salve o que fizer mais sentido para você e use.

Tem até alguns templates .psd se você mesmo quiser fazer algo original.

Apenas dois exemplos. “O quê” não importa tanto. O importante é ir lá e fazer mesmo

Fabio Bracht

Toca guitarra e bateria, respira música, já mochilou pela Europa, conhece todos os memes, idolatra Jack White. Segue sendo um aprendiz de cara legal.rnrn[<a>Facebook</a> | <a href="http://www.twitter.com/FabioBracht">Twitter</a>]"