O mundo não vai acabar em dezembro, fique tranquilo. Mas, só por via das dúvidas, decidimos que tornaríamos 2012 o período mais foda das nossas vidas de qualquer maneira. Vai que?

As três primeiras partes foram um sucesso, com direito a relatos das futuras ações de Jader Pires, euRodrigo Cambiaghi e Felipe Ramos, e do trio Fred Fagundes, Roberto del Grande e Julia Ropero.

Vamos ver o que mais algumas pessoas farão em 2012. 

1. Lucas Lemos e a falta de encaixe

Para 2012, além daquelas resoluções clássicas, há algumas decisões mais fortes que mexem como elementos complexos da minha vida até hoje.
Uma delas é dar um jeito de melhorar meu relacionamento com minha família. Desde que vim morar em SP, em 2008, sempre que volto para a minha cidade natal, Porto Alegre, é um pouco complicado entrar na rotina da vida deles novamente. Sempre me sinto estranho, alguma coisa não encaixa mais, e por isso fico incomodado e volto para SP mais cedo que o previsto.

Tem uma coisa que é foda: eu sinto que perco um pouco da minha liberdade quando estou em Porto Alegre. Me sinto tendo que provar alguma coisa o tempo todo.
Nesse 2012 eu quero mudar esse momento, trabalhar pesado essa relação. Vamos ver no que vai dar.

2. Rodolfo Viana, letras e hematomas

Passei 30 anos preocupado com muita coisa. Primeiro, ser um bom filho e um homem de caráter, como meu falecido avô e minha mãe. Depois, ser um puta profissional. Acho que logrei sucesso em ambos os casos. No processo, contudo, tive perdas irreparáveis e deixei de lado pedaços que hoje me fariam um homem mais feliz. Levei a sério a máxima: “O homem muda de vida quando deixa de fazer o que tem vontade e começa a fazer o que tem de ser feito.”
Na solidão do trabalho — eu, meu computador e meus livros; meu computador, meus livros e eu — adquiri hábitos nada saudáveis. Como mal, fumo, durmo pouco. Isso me rendeu uma síndrome do pânico e algo que poderia vir a ser um câncer na bexiga. Era hora de mudar de atitude. E 2012 parece perfeito para isso.
Meus objetivos neste ano são dois. Eles se interligam. Um é a manutenção da vida — ou seja, cuidar do corpo e da saúde — e o outro é a construção de um legado. Reparem: é a vida do meio para o fim, e além.

Agora é assim.

Assim como Guilherme, Gitti e Fred Mattos, comecei muay thai. Os objetivos são simples: pensar menos no trabalho e entrar em forma. Em segundo plano, ser um cara mais feliz. Parece besteira, mas socar um saco ou lutar com alguém — ainda que eu tome um chute na cara — me deixa satisfeito. Endorfina, meus amigos. Além da descarga de “prazer” no sangue, o esporte deve me ajudar a parar de fumar, a comer melhor, a dormir pelo menos sete horas por noite. Fisicamente, as vantagens são óbvias. Mas outra motivação é mental: quero fugir do PdH algumas horas do dia. Não pensar em textos, em edições, em autores, em comentários, em leitores, em nada. Nada. Apenas subir lá e dar e tomar umas porradas.
A parte do legado é algo que venho pensando há anos. E que, no fim de 2011, comecei a dar vida. Eu sempre mexi com livros, com textos, com editoras, e agora está na hora de publicar algo meu. Apesar de não ser um gênero em voga, penso em uma coletânea de novelas — sempre gostei das novelas russas. Esbocei algumas coisas e, com calma, no meu tempo, vou lapidar este meu rebento de papel e letras. Com prazer e sem pressa. Como diversão e não como trabalho.
Letras e hematomas. Minha felicidade hoje é traduzida nessas duas palavras.

E você, nobre leitor? Tem algum plano concreto para nos contar, ou comentário sobre os relatos dos meus colegas? Comente e converse com a  gente aqui em baixo.

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Fabio Bracht

Toca guitarra e bateria, respira música, já mochilou pela Europa, conhece todos os memes, idolatra Jack White. Segue sendo um aprendiz de cara legal.rnrn[<a>Facebook</a> | <a href="http://www.twitter.com/FabioBracht">Twitter</a>]"