Robert Bresson escreveu certa vez que ““O cinema sonoro inventou o silêncio.”
Acho que muitas vezes a gente subestima o poder se comunicar em silêncio, de se fazer entender sem palavras. E sinto que são momentos cada vez mais raros, já que vivemos tempos de telas incessantes e competições disputadas no grito.
Um Sol Alaranjado, filme de Eduardo Valente feito em 2001 na Universidade Federal Fluminense, nos mostra um pouco desse poder. É impressionante o quanto a obra consegue dizer muito falando pouco. O quanto um silêncio quase absoluto dos personagens nos revela tudo sobre eles.
Na época, o filme ganhou o prêmio Cinéfondation, em Cannes, que premia curtas-metragens feitos por estudantes de todo o mundo.
Sem mais delongas, aqui está o link do filme (via Porta Curtas).
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