Robert Bresson escreveu certa vez que ““O cinema sonoro inventou o silêncio.”

Acho que muitas vezes a gente subestima o poder se comunicar em silêncio, de se fazer entender sem palavras. E sinto que são momentos cada vez mais raros, já que vivemos tempos de telas incessantes e competições disputadas no grito. 

Um Sol Alaranjado, filme de Eduardo Valente  feito em 2001 na Universidade Federal Fluminense, nos mostra um pouco desse poder. É impressionante o quanto a obra consegue dizer muito falando pouco. O quanto um silêncio quase absoluto dos personagens nos revela tudo sobre eles.

Na época, o filme ganhou o prêmio Cinéfondation, em Cannes, que premia curtas-metragens feitos por estudantes de todo o mundo.

Sem mais delongas, aqui está o link do filme (via Porta Curtas).

Me contem o que acharam, a gente se encontra nos comentários 🙂

Paulo Leierer

Escreve e dirige (tirou sua carta em 2003). É apaixonado por cinema desde que viu Esqueceram de Mim" e morre de vergonha de escrever em terceira pessoa."

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