Ou como desenvolver sua carreira fazendo viagens internacionais sem gastar nada

Quem mais quer viajar e juntar a aventura com os benefícios de construir um bom currículo, fluência de idiomas e experiência no exterior? Eu, você e a torcida do Flamengo.

O problema é que não é todo mundo que pode bancar a passagem aérea e outros custos relacionados a investir em um projeto desses. E, sem nunca ter ido pro exterior, fica mais difícil ser selecionado para as vagas de trabalho mais competitivas dentro do Brasil (justamente as oportunidades que mandam os funcionários a trabalho em missões internacionais).

Como resolver esse dilema? Vale a pena fazer uma viagem só pra ganhar uns trocados lavando pratos antes de encontrar algo melhor? Existe alguma forma de viajar de graça e ainda por cima avançar a carreira? Essas são algumas perguntas feitas por muitos de meus amigos e clientes de coaching.

A pergunta de como iniciar uma carreira internacional sem gastar nada tem uma resposta bastante simples: por meio de programas de bolsa de estudo e competições internacionais de monografias. Foi assim que eu iniciei a minha carreira.

Link YouTube | Filmando às oito da manhã na neve e garoa…

Mas essa resposta nos traz a uma segunda pergunta, cuja resposta não é tão simples: como nos preparar de forma a ter chances reais de participar desses programas? É aqui que a conversa se torna interessante, pois a carreira internacional se torna uma mera consequência, um efeito ocasional de uma hit combo de vários benefícios muito maiores.

Em vez de ter a carreira internacional como um objetivo a ser buscado, prefiro aplicar uma técnica de lifehacking: transformar objetivos atraentes em consequências incidentais. No vídeo acima, fiz um breve resumo dos nove pontos que mais contribuiram para que eu construísse um ecossistema que inevitavelmente deslanchou a carreira internacional que eu visualizei mais de doze anos atrás.

Antes de continuar, é importante esclarecer que esse aqui é mais um bate papo informal em que eu conto o que é que funcionou bem para mim e o que eu notei ser um padrão comum entre meus colegas que também seguiram carreiras internacionais. Não existe fórmula única. Se você tiver outras sugestões complementares por favor fique à vontade pra compartilhar aqui com a gente nessa conversa.

Agora vamos às dicas que podem ajudar nesse primeiro round de conversa.

1. Tenha clareza sobre qual é o seu sincero propósito

Vale a pena largar tudo e lavar pratos pra pagar os custos da viagem?

Depende. Eu acho que o custo de oportunidade muitas vezes é ignorado por quem aceita um subemprego. Isso sem contar os riscos associados. A armadilha cognitiva é pensar quanto dólares, euros ou libras representam em comparação com a moeda brasileira sem levar em conta que os custos de aluguel, comida e transporte no exterior também são igualmente altos.

Assim, quem aceita o subemprego acaba poupando muito pouco, além de violar a lei caso desenvolva atividade remunerada com o visto de turista. Além disso, quem levanta dinheiro desse jeito acaba geralmente vivendo em condições péssimas e com má alimentação.

Se a pessoa pode se sacrificar tanto no exterior, não poderia fazer o mesmo no Brasil e juntar até mais dinheiro com menos perrengue? Provavelmente sim, mas não teria a emoção e a aventura de se jogar longe de casa. É esse o risco do “juntar o útil ao agradável”: dispersamos nosso tempo, recursos e foco. Essa abordagem de aceitar o que aparecer fica clara na filosofia de gente que diz que gostaria de trabalhar na própria área, mas aceitaria lavar pratos pra poder pagar as contas.

Por um lado, é muito positivo ser humilde e aceitar o subemprego quando não existe outra alternativa. Porém, essa abordagem é como dar um tiro com aquelas espingardas que atiram dezenas de bolinhas de chumbo, na esperança que pelo menos uma acerte em algo. E todo mundo concorda que tomar decisões importantes com base na esperança não é um bom negócio.

Prefiro pensar como o sniper que dá um único tiro certeiro. Para focalizar, é necessário primeiro saber o que a gente quer da vida. O que queremos de verdade? É realmente o dinheiro que é pago por atividades que trazem pouco enriquecimento pessoal? Ou é a aventura em virar barman em um navio cruzeiro ou faxineiro em uma estação de esqui?

Essa divisão também ajuda a esclarecer nossas decisões no aprendizado de idiomas. O caso clássico é do adolescente que pede para os pais pagarem uma viagem pra Austrália ou Nova Zelândia para aprender inglês. Além de ser perfeitamente possível aprender o idioma no Brasil, eu conheço muitos casos de quem vai para o exterior, gasta aquele dinheiro limitado que possui, e acaba apenas fazendo amizades com outros brasileiros, portugueses e latinos. E voltam falando portunhol melhor do que qualquer outra coisa.

O que quero dizer é que a gente tem a tendência de ter a emoção nos puxando pra um lado… e, daí, racionalizar o nosso impulso com algo que é mais aceitável. Dizer da boca pra fora que quer juntar dinheiro, melhorar o currículo ou ficar fluente no idioma são exemplos clássicos de racionalização quando o que a gente quer na verdade é uma aventura.

Não tem nada de errado com isso. Apenas seja honesto consigo mesmo: qual é o seu principal objetivo com a viagem?

Esse post foi feito especialmente para quem realmente quer se dedicar a uma carreira internacional sólida. Se este for seu caso e você não puder torrar uma fortuna, eu recomendo a segunda dica.

2. Focalize em programas de bolsa internacional

Quem sobreviveu à leitura da longa descrição da primeira dica acima e sinceramente quer seguir a carreira profissional internacional já passou pelo filtro que separa dos meros aventureiros. Ao invés de reinventar a roda e desperdiçar energia querendo trilhar um caminho novo que pode não dar em nada ou ser arriscado, procure os programas sérios de bolsa (fellowship, scholarship).

Tenho amigos que tiveram ótimas experiências com a AIESEC, por exemplo. Procure também pelas diferentes “Câmara Júnior”, que são bons pontos de convergência de oportunidades.

Boas faculdades com tradição também possuem muitas parcerias bilaterais com instituições de ensino no exterior – e muita gente não sabe. É impressionante a quantidade de oportunidades que ficam na mesa da secretaria e que os funcionários estão deixando pra pregar depois no mural. Faça amizade com quem trabalha nesses departamentos e visite regularmente esses murais para ser o primeiro a saber das oportunidades existentes.

No meu caso, eu fiz a minha primeira viagem para a Europa sem gastar um tostão. Foi em uma competição de monografias, que me premiou com uma viagem para uma das melhores conferências da Alemanha: World Business Dialogue. Conheci presidentes e diretores de corporações globais e vários empreendedores de todo o mundo, além de alunos de universidades renomadas que também tinham sido premiados. Nessa ocasião, enquanto a gente interagia nos intervalos, o pessoal perguntava quem é que já tinha ido pra tal “conferência da Suíça”.

Quer dizer, o fato de eu ter participado da conferência da Alemanha permitiu que esses contatos me recomendassem uma outra competição de monografias semelhante. E aqui estou eu, no PapodeHomem, passando todas as barbadas. O St. Gallen Symposium foi a minha segunda viagem para a Europa, no ano seguinte.. E eu também não gastei nada com transporte ou hospedagem, sem contar o fato de participar da conferência que eu considero a melhor de toda a Europa para conhecer empreendedores. Veja a lista de palestrantes para ter uma idéia.

A diferença é que, nessa segunda conferência, eu já tinha um pouco mais de experiência e resolvi negociar com os organizadores: perguntei a eles se a minha passagem já estava comprada. Eles disseram que sim e acabei negociando com eles que se eu conseguisse uma passagem mais barata, eles poderiam me reembolsar. Com isso, comprei uma passagem com retorno aberto para o Brasil: participei da conferência na Suíça e logo após fui para Paris, procurei trabalho e não consegui por não ter o visto de trabalho.

Não vou entrar em todos os detalhes dessa viagem, mas o que interessa é que eu acho que essa fórmula de usar as conferências internacionais é muito pouco explorada. Meu primeiro trabalho na ONU aconteceu em 2005, quando completei curso online da DiploFoundation, que premiava os melhores alunos com programas de fellowship. Também fui aprovado para o Harvard Project for Asian and International Relations, quer dizer, oportunidade tem de monte, basta procurar e fazer o investimento inicial para adquirir habilidades suficientes para ser aprovado nesses concursos culturais. Espero passar aqui neste post os elementos suficientes pra ambos.

De fato, é necessário ter preparo sólido para escrever uma monografia que seja vencedora em uma competição contra alunos de todo o mundo. Você tem que mandar melhor do que um aluno de Harvard, Oxford, Insead… Em inglês. Isso nos leva ao terceiro ponto.

3. Primeiro, fortaleça a si mesmo

Sem falar o idioma, sem ter conteúdo, contatos ou experiência dentro do Brasil, quando você chega até a Europa, você é apenas mais um com pouco a oferecer e prontinho para ser explorado e rotulado como mão de obra desqualificada. Evite ser mais um no meio da multidão de desesperados.

O processo de fortalecimento de seus talentos é demorado: não existe pílula mágica. Quanto mais cedo você começa a dedicar esforços na maestria de sua área específica, melhor. Recomendo muito o livro Maestria, de George Leonard.

No meu caso, foi perfeitamente possível alcançar a fluência de inglês no Brasil. Somente fui para o exterior depois de ter o inglês fluente, o que ajudou a abrir portas muito mais interessantes do que se tivesse ido prematuramente.

Durante o horário de almoço num dia de trabalho, pedi ao amigo Maurício Correia, diplomata de carreira, que compartilhasse um pouco conosco. Fiquei bastante agradecido e acho que esse rápido bate-papo ilustra muito bem como é fundamental esse processo de preparação. Ele reforça muito a importância do domínio do português como ponto de partida para a carreira diplomática.

Link YouTube | Bate papo informal com um diplomata durante a pausa de almoço na ONU

4. Elimine o que não resulta em enriquecimento pessoal

Na mesma linha do Leo Babauta e do Tim Ferriss, recomendo eliminar hábitos que trazem pouco enriquecimento pessoal. Doze anos atrás, eu cortei completamente a televisão da minha vida. Um motivo: eu trabalhava durante o dia todo e de noite ia para a faculdade (isso quando eu não continuava trabalhando até de madrugada no escritório). Descobri que não era apenas novelas e filmes que não me faziam falta: acompanhar noticiários tornou-se uma atividade completamente irrelevante quando eu considerava o custo de oportunidade de outras coisas mais importantes que merecem mais atenção.

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Além de cortar televisão, apaguei meu perfil do Orkut e deletei minha conta de MSN e ICQ. Quando respondo emails, uso a técnica da resposta minimalista. Toda essa eliminação foi para abrir espaço para hábitos de enriquecimento.

5. Cultive o hábito de aprendizado permanente

O conhecimento é uma das formas mais fáceis e acessíveis de enriquecermos a nós mesmos. Leio um livro por semana, em média. Existem três recomendações iniciais que podem fazer uma enorme diferença:

a) Outliers – Fora de Série, de Malcolm Gladwell, conta histórias de sucesso e destrói completamente o nosso mito do herói John Wayne que consegue fazer tudo sozinho e sem grande esforço. Analisando padrões de sucesso, é fácil notar que existe uma fórmula que está ligada a trabalhar bastante durante longo tempo (Gladwell sugere 10 mil horas de treinamento), estar bem conectado e saber aceitar ajuda de pessoas a nossa volta. Sucesso tem pouco a ver com sorte, dom ou talento, mas sim com as horas de bunda sentada na cadeira.

b) Linchpin, de Seth Godin, um dos melhores livros que li no ano passado. Seth conta como nós temos a tendência de nos comportar como zumbis corporativos que fazem o mínimo necessário, achando que isso pode nos trazer algum benefício na vida. Para ser um profissional de talento, é necessário amar o trabalho, transformando-o em uma expressão de arte. É abandonar aquela postura de “Ah, não posso fazer isso pq não faz parte da minha área” ou “Ah, imagina que eu vou sacrificar meu fim de semana por causa dessa empresa se eu nem ganho pra isso”, como disse um amigo meu.

c) A Classe Alta: os truques de marketing e psicologia que aprisionam a classe média… e o que fazer para enriquecer, de minha autoria. Diferente de livros de papel, que a gente lê de começo ao fim de forma passiva e promove pouca transformação pessoal, este é um livro digital com atividades interativas que são realizadas dentro de um grupo MasterMind.

6. Aumente o tamanho da sua orelha

Esta é uma técnica simples que pode ser realizada principalmente com dois tipos de plataforma: Twitter e Google Alerts. Basicamente, você vai escolher termos relacionados à sua área de interesse. Digamos, “London fellowships chemistry” para bolsas de estudo de química em Londres. Utilize essa busca permanente como uma coluna no Tweetdeck e também como um Google Alerts.

7. Aumente a extensão e a qualidade da sua rede de contatos

Assim como eu só fiquei sabendo da conferência da Suíça depois de conhecer a turma na Alemanha, existem milhares de oportunidades “invisíveis” que somente as pessoas bem conectadas podem oferecer. Como conectar?

Existem redes sociais genéricas como o Orkut e Facebook, mas que geralmente não ajudam muito por serem de propósito genérico. A tendência é ficar nas trivialidades, respondendo perguntas engraçadinhas do Badoo ou jogando colheita da fazenda e outras bobagens.

Procure se enturmar com as pessoas certas. Todo profissional de carreira internacional precisa ter um perfil LinkedIn bem organizado. No Orkut ou Facebook, eu não recomendo que você saia adicionando gente que nunca viu pessoalmente na vida, pois a rede não foi feita pra isso. O LinkedIn é uma rede com propósito unicamente profissional. Quanto mais conexões você possui, maiores as chances de encontrar ótimas oportunidades. Esse é o poder das conexões fracas que o Malcolm Gladwell menciona no livro The Tipping Point, que eu também recomendo demais:

“Granovetter argues that when it comes to finding out about new jobs – or, for that matter, gaining new information, or looking for new ideas – weak ties tend to be more important than strong ties. Your friends, after all, occupy the same world that you do. They work with you, or live near you, and go to the same churches, schools, or parties. How much, then, do they know that you don’t know? Mere acquaintances, on the other hand, are much more likely to know something that you don’t. To capture this apparent paradox, Granovetter coined a marvellous phrase: “the strength of weak ties.” The most important people in your life are, in certain critical realms, the people who aren’t closest to you, and the more people you know who aren’t close to you the stronger your position becomes.” –Malcolm Gladwell

Outra rede de contatos que você pode usar é o CouchSurfing, com um ângulo totalmente oposto ao corporativo LinkedIn, pois é uma comunidade de gente que abre as portas da própria casa pra acolher desconhecidos que dormem no sofá da sala. É um projeto sensacional e valeria fazer um vídeo só pra descrever. Mas é tudo bastante intuitivo e o cadastro de entrada é livre. Mesmo que você não tenha a intenção de sair surfando no sofá alheio ou hospedar alguém por enquanto, os fórums da comunidade Couchsurfing são uma prova viva de como as pessoas gostam de ajudar umas às outras. Confira também o TakingITGlobal para encontrar sua paixão e se engajar em temas globais.

Além desses, você pode procurar por fóruns específicos e mailing lists da sua área de atuação. Use o bom e velho Google, escrevendo por exemplo “forum”, “discussion group” ou “community” junto com a disciplina profissional em que você atua – pode ser bastante específico pois hoje em dia tem fórum sobre tudo.

Finalmente, existem as comunidades fechadas. Uma das que eu mais gosto é A Small World, que no começo acabou com uma má reputação por ser esnobe demais. A imprensa chamava de “O Orkut dos Ricos”. Apesar de eu ter ouvido críticas de gente que diz que nessa comunidade o pessoal sai marcando atividades em que para participar você tem que ter um jatinho ou helicóptero particular, não foi essa a minha experiência. Nas reuniões que eu participei, achei o pessoal bem tranquilo, apesar de sempre ter um ou outro meio lesado. Infelizmente, não posso enviar convites para quem eu não conheço: uma das regras desta comunidade é que a gente somente convida quem a gente confia e conhece pessoalmente.

Para quem gosta de conteúdo um pouco mais voltado a ciências sociais, recomendo o Connected: The Surprising Power of Our Social Networks and How They Shape Our Lives, escrito por Nicholas Christakis, professor dos departamentos de Medicina e de Sociologia em Harvard, e James Fowler, professor da Universidade de San Diego especializado em redes sociais. Nossas vidas são influenciadas por nossas redes sociais. Por exemplo, se um de nossos amigos engorda, nós temos chances maiores de ficarmos também obesos. Ou se eu estou feliz, minha felicidade pode ser transmitida para meus amigos. Essa transmissão, dizem os autores, vai até três graus de separação, de modo que eu posso receber influência de meus amigos (primeiro grau), dos amigos de meus amigos (segundo grau) e dos amigos dos amigos dos meus amigos (terceiro grau).

8. Ajude o máximo de pessoas que puder

Esse ponto vai ficar com cara de conselho de autoajuda ou mensagem hipócrita de político. Mas se você perguntar para qualquer pessoa bem sucedida que alcançou resultados de forma honesta, todos vão dizer que você só vai começar a ver resultados a partir do momento que tem a condição de oferecer valor para a comunidade. Se pensarmos bem, isso é óbvio.

Um empregador somente vai querer contratar um profissional que mande bem. Um consumidor somente vai comprar produtos de uma empresa que seja a melhor, em termos de design, de funcionalidades, de preço. E a prática de ajudar pessoas é um hábito que pode ser treinado e fortalecido. Faça trabalho voluntário. Economize dinheiro e aceite estágios não remunerados que vão abrir muitas portas adiante. Pense no longo prazo.

Um outro livro que recomendo nesse sentido é o Never Eat Alone, de Keith Ferrazzi, que reforça a idéia de generosidade como o principal fator de sucesso e também complementa bastante a idéia de networking e conexões como mencionado no ponto anterior.

9. Treine bastante

Eu achava engraçado que meus amigos de faculdade ficavam ansiosos antes de uma entrevista de emprego, enquanto eu me divertia muito. Sempre vi as entrevistas como um treinamento. Eu ia até os murais de estágio da faculdade, anotava todos os números de telefone e emails, e me inscrevia para tudo, inclusive para vagas que não me interessavam.

Para essas vagas que não me interessavam eu tinha o resultado mais impressionante: não tinha absolutamente nada a perder. Eu explorava diferentes formas de vender o meu peixe.

Essa prática me trouxe um valioso recurso mesmo depois de finalizar a faculdade. Uns três anos atrás, uma empresa americana me convidou para uma entrevista com os diretores que ficavam na sede no Vale do Silício. Foi nesse contexto que eu viajei pela primeira vez na vida aos Estados Unidos.

Aliás, para essas super entrevistas, que são para vagas em altas posições em corporações internacionais, as famosas Fortune 500, vou dar a última dica que é muito poderosa: pesquise profundamente absolutamente tudo o que acontece com a empresa e isso será um elemento que vai ajudar demais durante o bate papo.

A forma que eu sempre faço é entrar na base de dados do sistema EDGAR da U. S. Securities Exchange Commission, pois as empresas de capital aberto são obrigadas a informar os acionistas sobre tudo o que acontece na empresa: seus riscos, seus produtos, seus competidores, o CV dos gerentes, os produtos que mais trouxeram lucro (veja aqui um exemplo).

Essas informações acontecem de forma mais picada trimestralmente (porém atualizada) e bastante detalhada no relatório anual: leia ambos, além de criar um Google Alert sobre a empresa e a área de sua atuação para ter certeza de acompanhar tudo. Concentre-se no que é mais importante para sua área (riscos e estratégia, ou finanças, dependendo do caso).

Dá trabalho fazer isso tudo? Sim, muito. Mas, diferente de lavar pratos (metáfora usada para qualquer tipo de trabalho que não está alinhado com seu propósito), essa dedicação é algo que vai acumular em experiência, conhecimento e contatos que cada vez aumentam a sua curva de sucesso. O resultado desejado é transformado em uma consequência inevitável.

Se eu puder ajudar neste processo, será um grande prazer. Adicione-me no LinkedIn e vamos trocando ideias aqui nos comentários.

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Ilustradora, engenheira civil e mestranda em sustentabilidade do ambiente construído, atualmente pesquisa a mudança de paradigma necessária na indústria da construção civil rumo à regeneração e é co-fundadora do Futuro possível.