Foi reeleito na noite deste domingo o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Nicolás Leoz. O paraguaio, que está no comando da federação desde 1986, garantiu mais quatro anos no governo da entidade que manda em competições como Copa America, Mercosul e Taça Libertadores da América.
A reeleição foi aclamada pelas 10 federações e associações que compõem a entidade. O uruguaio Eugenio Figueredo foi confirmado na vice-presidência. Na cerimônia, ainda foi definido o Comite Executivo. O Brasil será representado por Marco Polo del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol acusado, por exemplo, de ter criado uma norma absurda para se perpetuar na FPF.
Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) há 22 anos, foi homenageado na cerimônia de reeleição de Leoz. Teixeira, acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por lavagem de dinheiro, crime contra o sistema financeiro nacional e crime tributário, recebeu elogios pelo extraordinário engrandecimento do esporte [sic].
Fim de festa. Sem qualquer interferência dos torcedores ou atletas, ficou decidido que o futebol sul-americano, detentor dos maiores jogadores da historia e de nove títulos de Copa do Mundo, será dominado por mais um mandato pelo mesmo Nicolás Leoz.
A Taça Libertadores, em meio sua organização provinciana, péssimas arbitragens e estádios que pararam no tempo, sobrevive graças a sua história e mística. Os campeonatos de base entre seleções são jogados em cidades inóspitas e sem qualquer motivo relevante. A Copa America está tão desvalorizada que os clubes europeus já não cedem mais seus jogadores.
Essa é nossa imagem frente ao mundo: a de um continente fornecedor de talentos.
Sobrevivemos graças ao dom e capacidade de nossos jogadores. Atletas que não pensam muito antes de alçar carreira na Europa. Por acaso? Absolutamente que não. É o reflexo de campeonatos mal jogados, mal administrados e, em alguns casos, quase amadores.
A Conmebol não valoriza o seu jogador. A Conmebol não valoriza o jogador.
Até quando?
Por, pelo menos, mais 4 anos.
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