Mulheres são iguais em qualquer lugar do planeta – e elas adoram os Brasileiros.
Aqui vai a história real de um macho, contada pela Vivi:
“Se existe um momento da minha vida que eu curti muito, foi meu intercâmbio na Espanha.
Quatro meses morando sozinho e brincando de War – conte comigo: duas espanholas, uma belga, uma americana, uma irlandesa, uma suíça, uma italiana, uma polonesa, uma turca, uma austríaca, uma alemã e uma brasileira, só pra não perder o costume. Doze mulheres dos mais variados países desse mundão véi sem portera. E todas psicologicamente iguais.
Vamos começar pela minha ex, Paula
Terminamos um mês antes deu viajar, com ela obviamente triste e indignada, pensando na putaria que seria essa viagem (como Deus havia de querer!). Bem, a birra dela estava dentro do que eu previa. Eis que, na véspera deu viajar, deu a loca na guria e veja que agradável surpresa: fomos a um bar no shopping comemorar o aniversário de alguém e ela pediu insistentemente pra eu comer ela ali, no estacionamento do shopping.
Recusei a principio, por causa do local, e principalmente, pra não deixar as coisas confusas com relação a nosso relacionamento e ela ficou logo brava, dizendo que nem comer ela eu não queria mais. Então, “já que você insiste, né!…”. Legal, quem sabe ela me faz uma recepção calorosa também na volta. Hasta la vista, baby!
Algumas horas depois, bienvenido a Salamanca!
Logo no primeiro final de semana já tomei um porre daqueles pra comemorar/enturmar com a galera e comecei logo a perceber: os caras de outros países são uns bostinhas. Não sabem conversar com a mulherada, não tem atitude, pegada, cara-de-pau pra chegar, nada. A mulherada tinha um verdadeiro tesãozinho por nós, latinos! Coisa de louco! Os italianos também são pegadores, mandavam bem, admito.
Mas vale ressaltar que a gente ganha deles: esse negócio de beijar brother na bochecha não dá certo não. Deus me livre! Voltando ao assunto, agora imagine a cena: eu já mamado e começa a tocar uma salsa. Mirei na mina do país mais estranho da galera e comecei a dançar forró com ela. Ela me achou o máximo, Antônio Banderas em “Vem dançar”. Lição do dia: forró é uma excelente arma pra pegar mulher, até quando a música é outra.
Passou-se um tempo e eu vi que só estava treinando meu inglês, esse negócio de sair com estrangeiros não-espanhóis não era o que eu queria. Felizmente, um belo dia, azarei uma chica espanhola na rua e peguei o telefone. Ela perguntou minha idade – respondi, 20 – e ela disse, decepcionada por ser mais velha, que tinha 22. Beleza, óbvio que eu nem ligo.
Viramos um verdadeiro casalzinho, o que foi bom, pro meu espanhol. Passamos 1 mês e meio juntos, até que um dia saímos pra jantar e ela disse que queria me contar uma coisa. Passou horas fazendo o maior doce perguntando se eu ia ficar bravo – nota: e eu achando que só as nossas conterrâneas eram assim – até que finalmente ‘desembuxou’: tinha 28 anos, 6 anos a mais.
Na hora nem me importei, até que parei pra raciocinar e ligar os fatos: ela não mentiu só a idade, mentiu tudo sobre a vida dela – já tinha se formado há 6 anos, já trabalhava há uma data, já morava sozinha há tempos, e por aí vai. Meu Deus, como ela conseguiu passar tanto tempo diminuindo SEIS anos na história da vida dela? Tá doido, vai saber o que mais ela deixou de contar? Que casou, teve um filho e separou? Fiquei puto e caí fora. Escrotas existem por todos os continentes mesmo…
Foi aí que virei o maior cachorrão internacional dos tempos
Um maravilhoso compartilhamento de hábitos culturais da pegação. Ah, como eu adoro viajar…
Por fim, fiz umas amigas da Suíça, aliás, elas viraram meu despertador, algo muito útil quando se bebe a noite inteira e o despertador mais escandaloso do celular parece musiquinha de ninar pros seus ouvidos. Todas as manhãs elas abriam a porta do quarto – que não tinha tranca – e me acordavam pra ir pras aulas na Universidade.
O caso é que peguei uma das suíças umas vezes e aí na véspera dela ir embora pra Barcelona – onde era o vôo dela, e por sinal o meu também, que seria daqui a dois dias – ela, assim como minha querida ex-namorada brasileira, resolveu dar também… Ai ai, essas mulheres são tão iguais, adoram esses climas de despedida…
Serviço feito, e não pude resistir de dar um toque nela pro mais maravilhoso hábito brasileiro femino: depilação de xoxota. Ou seja, se essa moda pegou por aí, caros amigos suíços, me agradeçam!
Uau, como passou rápido, já era último dia em Salamanca, tinha que aproveitar! Tinha me pegado com outra espanhola umas vezes, e aprendi que DEFINITIVAMENTE, esse papo de despedida cola. Levar ela pra cama foi mole, mole…
O problema foi de manhã
Esqueci de desativar meus despertadores humanos – as amigas da suíça abriram a porta, e “Obrigado senhor, que na Europa fazia frio aquela época e eu dormi de cobertor”, porque deram de cara com o bonitão aqui chapado com a espanhola.
Deram um verdadeiro barraco-mega-escandaloso, aproveitando que era proibido levar meninas para quarto de meninos na pensão… E você achando que as européias tinham outros conceitos de liberdade sexual, hein amigão? Oh, sonhada utopia!
Felizmente, São-Ricardão-Protetor-dos-Pegadores me fez o favor de providenciar um problema incrível de comunicação – quando cheguei a Barcelona, descobri que minha peludinha não tinha ficado sabendo de nada, fizemos uma última saídera algumas horas antes do meu vôo de volta a minha terra das palmeiras onde canta o sabiá.
É…, bons tempos…”
Vivianne Christine é autora convidada da PapodeHomem e, se depender de nós, vai escrever cada vez mais por aqui.
Além disso, é estudante de publicidade da UnB e treina para sua futura carreira de redatora escrevendo de tudo, inclusive sobre a “Novela Mexicana” que é a sua vida.
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