Aberto aqui em casa tem um maço daquele de filtro vermelho, um site cujo título diz ‘Sexy brunette pleasing a lucky guy’, uma garrafa de um whisky que parece bom só até antes da minha garganta enxergá-lo e meu peito. Sim, a porra do meu peito tá aberto.
Hoje é domingo e faz uma semana que aquela vagabunda enviou uma mensagem no meu celular assim: ‘vamos conversar’. Fui lá, achei que tinha bola gato depois da conversa, mas só ouvi um vaza, gato.
A real é que eu quero que ela se foda, pra casa dela eu sempre levei chocolate, um filme, minha língua com sede de virilha e umas geladas que eram mais pra mim do que pra ela. O meu plano inicial era ter cerveja gelada e mulher quente, domingo passado eu só vi cerveja quente e mulher gelada.
Peraê, o telefone tá tocando, deve ser ela…
…não era, já são 23h17.
Vou no boteco aqui do lado de casa, o foda é que meu cigarro tá acabando e o porra do brand manager do boteco não vende filtro vermelho, só vende dos brancos e dos saborzinhos, sabe aqueles cigarros de cereja? Puta maneira gay de pegar câncer.
Vou subir lá no telhado, acender o penúltimo trago e ver o tempo passar.
Mas vou levar o celular, vai que aquela vagabunda resolva conversar de novo.
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