Na China, um garoto de 6 anos de idade está vivendo por conta própria. É uma espécie de prodígio? Não, é uma pessoa com HIV positivo.
Ah Long perdeu seus pais recentemente, vítimas da AIDS, e teve de se virar em um país que trata o HIV como doença moral, uma espécie de punição para aqueles que possuem uma “vida desregrada”.
O garoto cozinha, lava as louças, limpa a casa e se cuida sozinho. Ele vive na casa de seus falecidos pais na província de Guangxi, na China. Sua avó de 84 anos se recusou a adotá-lo, apesar de visitá-lo frequentemente para cozinhar e cultivar as hortaliças que plantou nas proximidades da casa. Sua única companhia de verdade é o seu cachorro Lao Hei.
Para Ah Long, a AIDS significa que outras crianças não gostam de ficar próximas dele, que nenhum médico trata os seus ferimentos do dia a dia e que sua própria avó não quer morar com ele. Ela também significa que Ah Long terá de estudar por conta própria, já que a escola local se recusou a aceitá-lo. Enquanto isso, a prefeitura local o ajuda com 10 dólares por mês.
Esse é o típico fato que reacende as discussões sobre a discriminação e a cultura em outros países. Como será que isso acontece no Brasil? A estimativa do Ministério da Saúde é de que existem 630 mil habitantes com HIV no país, com notificação de 608 casos positivos em crianças até 5 anos de idade entre 2009 e 2010.
Ainda não conheço ninguém que seja HIV positivo. Se você conhece alguém, me diga: já presenciou algum tipo de preconceito? Vamos discutir e entender se os brasileiros também discriminam essas pessoas.
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