Pesquisa realizada na Holanda recentemente, considerando os roubos e furtos de veículos nos últimos 20 anos, constatou que há uma relação forte entre a cor do veículo e a chance dele ser roubado.

Veja só:

Risco de roubo por cor (carros de até 3 anos, entre 2004 e 2008, na Holanda).

Carros de cores chamativas, em especial, estavam caindo na preferência dos ladrões. E cores sóbrias, como preto e prata, estavam subindo muito. A hipótese mais provável, do ponto de vista do analista econômico de final de semana, seria algo assim:

“É bom evitar carros chamativos porque é mais difícil de fugir da polícia com eles.”

Errado. Se assim fosse, o índice de roubos de carros chamativos nunca teria caído, teria permanecido sempre baixo. A conclusão dos pesquisadores é bem diferente.

Segundo eles, devido à profissionalização do serviço, incentivada pela maior dificuldade de furtar um carro com transcoder e outras traquinagens de segurança, os amadores e aventureiros saíram do “mercado” e deram lugar a gente especializada em capturar e distribuir os produtos. Com isso, o valor de mercado do carro e a facilidade de venda passa a ser uma variável importante para o ladrão. Arriscar-se para roubar um carro que sofre desconto no mercado devido à sua cor não simplesmente não é profissional.

Com outro gráfico a coisa fica mais clara:

Vendas de carro por cor (entre 1990 e 2009, na Holanda)

E no Brasil…

Cá entre nós, no Brasil essa situação pode ser um pouco diferente, já que boa parte dos carros são roubados para serem usados em assaltos ou depenados. Portanto a cor passaria a ser menos relevante. Ou não.

Leitores economistas estão convidados a refazerem a pesquisa no Brasil.

Fonte: Vox.