Pesquisa realizada na Holanda recentemente, considerando os roubos e furtos de veículos nos últimos 20 anos, constatou que há uma relação forte entre a cor do veículo e a chance dele ser roubado.
Veja só:
Carros de cores chamativas, em especial, estavam caindo na preferência dos ladrões. E cores sóbrias, como preto e prata, estavam subindo muito. A hipótese mais provável, do ponto de vista do analista econômico de final de semana, seria algo assim:
“É bom evitar carros chamativos porque é mais difícil de fugir da polícia com eles.”
Errado. Se assim fosse, o índice de roubos de carros chamativos nunca teria caído, teria permanecido sempre baixo. A conclusão dos pesquisadores é bem diferente.
Segundo eles, devido à profissionalização do serviço, incentivada pela maior dificuldade de furtar um carro com transcoder e outras traquinagens de segurança, os amadores e aventureiros saíram do “mercado” e deram lugar a gente especializada em capturar e distribuir os produtos. Com isso, o valor de mercado do carro e a facilidade de venda passa a ser uma variável importante para o ladrão. Arriscar-se para roubar um carro que sofre desconto no mercado devido à sua cor não simplesmente não é profissional.
Com outro gráfico a coisa fica mais clara:
E no Brasil…
Cá entre nós, no Brasil essa situação pode ser um pouco diferente, já que boa parte dos carros são roubados para serem usados em assaltos ou depenados. Portanto a cor passaria a ser menos relevante. Ou não.
Leitores economistas estão convidados a refazerem a pesquisa no Brasil.
Fonte: Vox.
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